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Nº 5824
Internacional

Pesquisa indica exist�ncia de 15 mil escravos no Brasil

Brasília e Genebra – Um estudo feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade ligada à Igreja Católica, informa que 15 mil trabalhadores vivem em situação de escravidão ou semi-escravidão no Brasil atualmente. Conforme os dados divulgados, o Pará l

Por | Edição do dia 25/10/2002 - Matéria atualizada em 25/10/2002 às 00h00

Brasília e Genebra – Um estudo feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade ligada à Igreja Católica, informa que 15 mil trabalhadores vivem em situação de escravidão ou semi-escravidão no Brasil atualmente. Conforme os dados divulgados, o Pará lidera a lista, com a maior incidência de trabalho escravo entre todos os Estados. Seguidamente, fiscais do Ministério do Trabalho descobrem fazendas que empregam trabalhadores sem carteira assinada e que não fazem pagamentos de salários. Nos últimos três anos, o número de denúncias no Estado passou de 462 em 1999 para 3,8 mil em 2002. Os outros Estados que lideram os casos de trabalho escravo são Maranhão, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Estado do Piauí é apontado como o principal emissor de trabalhadores que são empregados nessas condições. Em Genebra, um estudo divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho(OIT) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que 46,7% dos profissionais que trabalham em hospitais e centros de saúde no Brasil já foram vítimas de violência física ou verbal dentro do próprio local de trabalho, um índice considerado alto na pesquisa. O tema vem chamando a atenção das organizações internacionais, que pedem que o governo tome medidas para proteger médicos e enfermeiros, principalmente nas regiões mais pobres. As entidades ainda defendem que haja investigação e punição sempre que possível dos responsáveis pela violência, que na maioria das vezes são os pacientes e seus familiares.

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