Palestino � condenado � morte
Um Tribunal de Gaza condenou à morte um palestino que trabalhava com um grupo israelense de defesa dos direitos humanos por colaboração com Israel, disseram ontem fontes judiciais. Haidar Ghanem, da cidade de Rafah (sul da faixa de Gaza), foi acusado de
Por | Edição do dia 30/10/2002 - Matéria atualizada em 30/10/2002 às 00h00
Um Tribunal de Gaza condenou à morte um palestino que trabalhava com um grupo israelense de defesa dos direitos humanos por colaboração com Israel, disseram ontem fontes judiciais. Haidar Ghanem, da cidade de Rafah (sul da faixa de Gaza), foi acusado de ter vendido informações para as forças de segurança de Israel há dois anos, o que teria sido a causa da morte de vários membros do Fatah, movimento político do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat. Durante uma coletiva de imprensa organizada pela polícia palestina, Ghanem admitiu ter colaborado com Israel. Ghanem trabalhava com o BTselem, uma organização israelense de defesa dos direitos humanos, nos territórios palestinos. O grupo manifestou sua profunda preocupação depois da prisão do palestino e afirmou que Ghanem estava investigando os abusos cometidos nos territórios ocupados. Em um comunicado divulgado ontem, o BTselem pediu a Arafat que não confirme esse veredicto, destacando que a sentença de morte se baseou apenas em sua confissão, sem a existência de qualquer prova de sua culpa.