Os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) querem trocar a candidata presidencial Ingrid Betancourt, 40, e outros cinco legisladores que mantêm em cativeiro por dezenas de rebeldes presos na Colômbia, revelou, ontem, uma fonte do governo que pediu anonimato. Segundo a fonte, a exigência faz parte de um documento enviado por um dos líderes das Farc, Joaquín Gómez, à sede da Polícia Nacional em Bogotá, cuja autenticidade está sendo verificada. “O documento exige que o Congresso e o governo aprovem, no prazo de um ano, uma lei de troca de prisioneiros”, disse a fonte. Outra fonte governamental confirmou que o governo trabalha com a hipótese de que o seqüestro de Betancourt faz parte de um plano da guerrilha para forçar a aprovação da lei de troca de prisioneiros. Além de Betancourt, capturada quando seguia para a antiga zona desmilitarizada no sul do país, as Farc mantêm em cativeiro os congressistas liberais (oposição) Consuelo González, Orlando Beltrán, Luis Eladio Pérez e Eduardo Gechen, além do conservador (governo) Oscar Lizcano. Ingrid foi seqüestrada no último sábado por militantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, ao tentar entrar na antiga zona desmilitarizada, instalada no sul da Colômbia e ocupada por guerrilheiros até a quarta-feira da semana passada. “A candidata e sua diretora de campanha, Clara Rojas, foram seqüestradas no Estado de Caquetá”, disse Diana Rodríguez, porta-voz da campanha do partido Oxigênio Verde. Libertados A porta-voz também confirmou a libertação do coordenador da campanha, Aldair Lamprea, do cinegrafista Mauricio Mesa e do fotógrafo francês Alain Keler, da revista Marie Claire, que viajavam em companhia de Betancourt e Rojas. Diana Rodríguez disse que os libertados estão no batalhão “Liborio Mejía”, na cidade de Florencia (700 Km ao sul de Bogotá).