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Nº 5759
Internacional

Consultor da ONU quer Fome Zero mais amplo

O programa Fome Zero, do PT, poderá alterar o quadro de pobreza do País se, além das ações assistencialistas, levar adiante os planos de inclusão social. Depois de ler atentamente as propostas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para o comb

Por | Edição do dia 05/11/2002 - Matéria atualizada em 05/11/2002 às 00h00

O programa Fome Zero, do PT, poderá alterar o quadro de pobreza do País se, além das ações assistencialistas, levar adiante os planos de inclusão social. Depois de ler atentamente as propostas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para o combate à fome, o pesquisador e consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) Alfredo Costa-Filho, especializado no estudo dos fundos sociais de diversos países latino-americanos, exaltou o fato de “articular as políticas emergenciais, compensatórias e de curto prazo, com as estruturais, de emprego, renda, proteção social, acesso à terra, saúde e educação”. Costa-Filho, ex-diretor do Instituto Latino-americano de Planejamento Econômico e Social (Ilpes), com sede no Chile, sustenta a tese, já há alguns anos, de que as políticas focalizadas (como a distribuição dos cupons para alimentação a ser adotada pelo governo petista) não conseguem sozinhas reduzir a pobreza.Por isso, diz que o PT não poderá se limitar aos cartões e cestas básicas emergenciais. “Senão, a ação se esgota em si mesma, quando o importante é provocar um desequilíbrio na situação de pobreza”, afirma. Inovação O especialista considera uma inovação a combinação de “políticas específicas”, como os cupons e o combate à desnutrição infantil e materna, com as “políticas locais” que prevêem ações diferentes para áreas metropolitanas, outras para áreas urbanas e áreas rurais. “O Fome Zero é o único programa que realça como seu fundamento a questão da segurança alimentar”, diz, referindo-se a um conceito amplamente difundido pela ONU do direito à alimentação como ponto de partida para a vida de determinada população.

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