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Nº 5824
Internacional

Estudo da ONU diz que pobreza crescer� 44% na Am�rica Latina

Washington – O estudo anual Panorama Social da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), da ONU, divulgado ontem, informa que a pobreza na região vai crescer 44% e  a indigência 20% – se for confirmada a retração econômica estimada em 0,8%

Por | Edição do dia 08/11/2002 - Matéria atualizada em 08/11/2002 às 00h00

Washington – O estudo anual Panorama Social da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), da ONU, divulgado ontem, informa que a pobreza na região vai crescer 44% e  a indigência 20% – se for confirmada a retração econômica estimada em 0,8% para este ano. “Como ocorreu em 2001, o maior incremento da pobreza ocorreria na Argentina”, diz uma pesquisa da Cepal. A expectativa é de que também seja registrada uma “deterioração importante” nesses índices na Venezuela, no Brasil e no Uruguai. Provavelmente, ainda de acordo com a Cepal, somente no Peru e na República Dominicana poderá se observar uma redução da pobreza. Pelas projeções da Cepal, neste ano, o aumento da pobreza será sentido por 7 milhões de pessoas – destes, 6 milhões de indigentes. “Essas cifras não se traduzem no aumento proporcional da pobreza nos 18 países da região”, observa-se no estudo divulgado pelo secretário-executivo da Cepal, José Antonio Ocampo. “O crescimento do número de pobres na Argentina será um dos principais fatores de deterioração (no nível de vida) da região.” Pelos dados do próprio governo argentino, hoje 53% da população é pobre, possuindo apenas recursos suficientes, ou nem isso, para a compra da cesta básica. Por isso, desde o mês passado, a Cepal vem desenvolvendo um trabalho específico para o país, a pedido do próprio governo da Argentina. Na região, nos dois últimos anos, o desempenho do combate à pobreza ficou abaixo do esperado pelo organismo das Nações Unidas. No total, até o último levantamento do Panorama Social, da Cepal, a região contava com 206 milhões de pobres. Mas esse número poderá subir se a retração econômica estimada for realmente confirmada. De acordo com o estudo, o Chile e o Panamá foram os únicos países que, há dois anos, atingiram a meta para reduzir à metade a pobreza extrema. Já no Brasil, na República Dominicana e no Uruguai, esta assistência foi classificada pela Cepal de “parcial”. O Brasil atingiu 95% da meta, e o Uruguai, 82% do objetivo fixado.

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