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Nº 5822
Internacional

Estudo revela se rem�dio far� efeito na depress�o

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Por | Edição do dia 10/11/2002 - Matéria atualizada em 10/11/2002 às 00h00

Um novo método de escaneamento detecta as mudanças que antidepressivos causam no cérebro antes de eles surtirem efeito no comportamento do paciente. A técnica, descoberta por cientistas da Universidade de Los Angeles, pode evitar o uso desnecessário de medicamentos em pessoas que não respondem bem à determinada droga. Cerca de 40% das pessoas que sofrem de depressão não respondem bem ao primeiro antidepressivo que experimentam. Muitas vezes, os remédios demoram a surtir efeitos e médicos podem ter que esperar de seis a 12 semanas para decidir se um determinado medicamento não é apropriado para uma pessoa. Além de caro, o uso de remédios ineficazes causa efeitos colaterais desnecessários. “Este é o primeiro estudo a detectar mudanças específicas na atividade cerebral que precedem alterações clínicas de forma que você pode prever a resposta (do medicamento)”, afirmou Ian Cook, líder da equipe da universidade californiana. Estudos recentes sugerem que muitos pacientes reagem a antidepressivos como a pílulas placebo, ou seja, sem nenhuma propriedade terapêutica. Também há evidências de que a psicoterapia funciona pelo menos tão bem quanto tomar antidepressivos. A organização  Depression Alliance elogiou o  estudo, publicado no jornal Neuropsychopharmacology. “(O estudo) pode revolucionar as formas de tratamento de depressão”, afirmou um porta-voz. Experimento A equipe de Cook mediu - por meio de um electroencefalograma (EEG) - a atividade elétrica em uma área do cérebro chamada córtex pré-frontal, envolvida com juízo de valor e motivação. Em alguns casos, os cientistas detectaram alterações nessa região apenas dois dias depois de os pacientes começarem a tomar a medicação. No entanto, as mudanças comportamentais só foram observadas quatro semanas depois. Ao todo, 51 pessoas diagnosticadas com depressão aguda participaram do estudo - elas foram divididas em grupos que tomaram Prozac, Effexor ou uma pílula placebo. Ao fim do estudo, 52% dos voluntários haviam reagido a um dos dois antidepressivos e 38% haviam respondido ao placebo. Embora o EEG tenha identificado mudanças nos pacientes dos três grupos que tiveram reações, elas demoraram mais a ser notadas naqueles que tomaram o placebo. Além disso, entre os pacientes que responderam ao placebo, houve uma redução da atividade do córtex pré-frontal - enquanto nos pacientes dos outros dois grupos que reagiram ao medicamento houve um aumento.

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