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Nº 5824
Internacional

Cientista planeja criar vida em laborat�rio, diz jornal

Washington - O cientista pioneiro que ajudou a acelerar o mapeamento do genoma humano e um ganhador do prêmio Nobel têm planos de criar uma nova forma de vida em laboratório, em um experimento que suscita inúmeras questões éticas e de biossegurança, relat

Por | Edição do dia 22/11/2002 - Matéria atualizada em 22/11/2002 às 00h00

Washington - O cientista pioneiro que ajudou a acelerar o mapeamento do genoma humano e um ganhador do prêmio Nobel têm planos de criar uma nova forma de vida em laboratório, em um experimento que suscita inúmeras questões éticas e de biossegurança, relatou o jornal “The Washinton Post”. O geneticista Craig Venter, que dirigiu a empresa Celera Genomics em sua empreitada de mapear o genoma humano em pouco tempo, em uma corrida com um consórcio público, e Hamilton Smith, um dos ganhadores do Nobel de Medicina de 1978, pretendem criar um organismo multicelular parcialmente artificial. Ele terá o número mínimo de genes necessários para sustentar a vida. O Departamento de Energia dos Estados Unidos destinou US$ 3 milhões para o projeto. Se a experiência funcionar, diz o jornal, a célula fabricada vai começar a se alimentar e de dividir para criar uma população de células diferente de qualquer outra que se conheça. A idéia é de, eventualmente, criar um programa de computador que simule cada aspecto da biologia no novo organismo. Como todas as células vivas são baseadas na mesma química, isso pode lançar luz sobre toda biologia. “Estamos nos perguntando se podemos chegar a uma definição molecular do que seja vida”, disse Venter ao ‘Post’. Venter afirmou ao jornal que as células de laboratório seriam projetadas para não infectar pessoas, permaneceriam rigidamente confinadas e seriam programadas para morrer caso escapassem para o meio ambiente. Segundo o jornal, os cientistas reconheceram que o projeto pode abrir caminho para a criação de novas armas biológicas e que eles teriam que ser seletivos para publicar detalhes técnicos do projeto. “Vamos ter que debater a respeito do que deve ou não deve ser publicado”, disse Venter. “Não podemos revelar todos os detalhes que ensinassem a alguém mais como fazer isso”.

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