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Nº 5822
Internacional

M�dico diz que 1� clone humano nasce em janeiro

Roma – O controverso médico italiano Severino Antinori disse ontem que uma mulher que teve implantado em seu útero um embrião humano produzido a partir de clonagem vai dar à luz em janeiro, mas negou-se a dar detalhes sobre ela. “Está indo bem. Não há pro

Por | Edição do dia 27/11/2002 - Matéria atualizada em 27/11/2002 às 00h00

Roma – O controverso médico italiano Severino Antinori disse ontem que uma mulher que teve implantado em seu útero um embrião humano produzido a partir de clonagem vai dar à luz em janeiro, mas negou-se a dar detalhes sobre ela. “Está indo bem. Não há problemas”, afirmou Antinori em uma entrevista coletiva, acrescentando que fez “uma contribuição científica e cultural” ao projeto, mas que não estava pessoalmente encarregado da empreitada. Especialista em reprodução assistida, Antinori ganhou notoriedade mundial em 1994, quando ajudou uma mulher de 62 anos a ter um filho. Ele apóia a aplicação da clonagem reprodutiva – cujo objetivo é o nascimento de bebês e não a obtenção de células com propósito terapêutico – como alternativa para casais inférteis. Muitos na comunidade científica têm duvidado dos relatos de Antinori de que algumas mulheres estariam grávidas de clones humanos. Na nova entrevista, mais uma vez, ele não deu provas da experiência. A maioria dos médicos e cientistas julga irresponsável a clonagem humana para fins reprodutivos, dizendo que o risco de criarem-se bebês doentes e deformados é muito grande e que isso impõe dilemas éticos sem solução. Antinori não revelou onde a mulher que daria à luz em janeiro vive ou qual sua nacionalidade. Mas disse que ultra-sonografias mostraram que o feto já pesa de 2,5 a 2,7 quilos e é “absolutamente saudável”. O médico italiano dissera em maio que três mulheres estavam grávidas de clones – uma na 10ª semana de gestação, outra na 7ª e outra na 6ª. Ele já havia se recusado na ocasião a falar sobre o paradeiro ou a nacionalidade das mulheres, limitando-se a contar que uma delas vivia em um país islâmico. Antinori não especificou ontem se a mulher que estaria para ter um bebê era uma das três sobre as quais falara antes.

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