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Nº 5904
Internacional

Transplante de rosto n�o � mais fic��o, diz m�dico

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Por | Edição do dia 28/11/2002 - Matéria atualizada em 28/11/2002 às 00h00

Londres – Transplantes de rosto não são mais fantasia da ficção científica, disse ontem um dos mais renomados cirurgiões plásticos britânicos. Peter Butler está tão convicto da viabilidade técnica deste tipo de operação, que está defendendo a abertura de um debate sobre a ética do procedimento. “A questão não é mais se podemos fazer isso, mas se devemos fazê-lo”, disse Butler, do Hospital Real Livre de Londres à BBC. A parte técnica não vai ser a grande dificuldade. O debate ético e moral obviamente terá que preceder o primeiro transplante facial. Segundo o site de notícias da revista “New Scientist”, Blutler sustenta que, em seis a nove meses, o primeiro transplante de rosto já será tecnicamente viável. A Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos, que realiza sua reunião de inverno nesta quarta-feira, vai discutir o procedimento microcirúrgico que poderia dar nova pele, ossos, nariz, lábios e orelhas de pessoas mortas a pessoas desfiguradas por acidentes, queimaduras ou pelo câncer. Mas cirurgiões poderiam ter problema para encontrar doadores. Butler disse na reunião que fez uma pesquisa entre médicos, enfermeiras e leigos, na qual maioria disse que aceitaria um transplante de face se precisasse, mas muito poucos disseram que aceitariam doar seu próprio rosto depois da morte. Blutler disse que uma das técnicas possíveis seria um “envelope de pele”, composto de gordura, pele e vasos sangüíneos, transplantados sobre os ossos existentes, deixando o paciente com muitas de suas próprias características. Mas, como no suspense hollywoodiano “A Outra Face”, um outro procedimento complexo poderia envolver o transplante de ossos subjacentes também, de tal modo que o paciente acabaria parecido com o doador. Apesar do dilema ético, Christine Piff, que fundou a organização filantrópica Let’s Face It depois de sofrer um câncer facial raro há 25 anos, disse que a possibilidade de transplantes desse tipo é bem-vinda. Ela rejeitou a idéia de que o procedimento signifique que pessoas passariam a viver com a aparência de outras que já morreram.

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