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Nave Columbia explode antes de aterrissar

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Washington ? A nave espacial Columbia se desintegrou nesse sábado, minutos antes de pousar em Cabo Canaveral, no estado da Flórida (EUA), matando seus sete tripulantes. Restos da fuselagem do ônibus espacial foram identificados no Texas e outros estados dos EUA. A Nasa havia declarado estado de emergência após perder contato com o Columbia, minutos antes de sua aterrissagem esperada no Centro Espacial Kennedy da Flórida. O último contato entre a tripulação do Columbia e a Nasa foi por volta das 9h (meio-dia em e Brasília). A agência informou que não houve qualquer sinal de problema com a nave antes de perderem o contato. Testemunhas ouvidas pela CNN na Flórida dizem ter sentido a terra tremer, o que pode ter indicado a colisão da nave com o solo. O governo dos EUA alertou para que moradores não se aproximem dos destroços, que podem estar contaminados. Essa foi a 28ª oitava viagem da Columbia e a primeira vez que um israelense (Ilan Ramon, herói de guerra) participou de uma missão da Nasa. Autoridades temiam a possibilidade de ataque terrorista, mas a Nasa e a Casa Branca descartaram a hipótese. Segundo as primeiras informações, uma placa de isolamento térmico teria se desprendido pouco antes da aterrissagem. Segundo a rede ?CNN?, o presidente George W. Bush e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, foram imediatamente informados do acidente. Bush, que estava em Camp David, foi para a Casa Branca, onde autoridades militares americanas já estavam reunidas. Segundo as agências internacionais, a nave apresentou um problema técnico na decolagem (uma placa teria se desprendido), mas era considerado ?irrelevante?. De acordo com a Nasa, durante a operação de pouso, os tripulantes não informaram qualquer irregularidade no ônibus espacial. Tripulação A tripulação do Columbia era composta dos astronautas americanos Rick Ilusband (comandante), William McCool (co-piloto), Kalpana Chawla (cientista espacial), David Brown (doutor em Medicina ), Laurel Clark (doutora em Medicina) e mais o engenheiro e piloto Ilan Ramon, primeiro astronauta israelense a ir para o espaço. Acidente lembra tragédia da Challenger O acidente da Columbia, com sete tripulantes a bordo, relembra a tragédia com o ônibus espacial Challenger, que fazia sua 25ª viagem e explodiu segundos após o lançamento, no dia 26 de janeiro de 1986, também matando sete pessoas, entre elas a professora de uma escola primária em New Hampshire, Christa McAuliffe, que pretendia dar uma aula a partir do espaço. O desastre da Challenger também foi acompanhado ao vivo por milhões de pessoas, já que o lançamento estava sendo transmitido pela televisão. O vôo durou 73 segundos até explodir. Uma investigação de cinco meses determinou que a Nasa ignorou advertências sobre os componentes que, congelados a temperaturas próximas de zero grau, causaram o acidente. Um dos objetivos da missão era a observação do cometa de Halley. Funcionários da Nasa e da empresa Morton Thiokol, que fabricou os motores laterais, pediram demissão, mas ninguém foi responsabilizado pelo acidente. De acordo com outras investigações, a cabine com os astronautas teria permanecido intacta após a explosão. Mesmo afirmando que os sete morreram instantaneamente, a Nasa jamais divulgou gravações da cabine durante os três minutos que ela levou para cair na água. O Columbia havia feito uma viagem de 16 dias. O último contato entre a tripulação do Columbia e a Nasa foi por volta das 8h (de Brasília). A agência informou que não houve qualquer sinal de problema com a nave antes de perderem o contato com a nave. Entretanto, foi divulgada uma irregularidade considerada não séria no lançamento: o desprendimento de uma placa de isolamento térmico da asa esquerda da nave. Entenda a missão STS-107 A missão STS-107 do ônibus espacial Columbia decolou, no dia 16 de janeiro, com sete tripulantes. Foi a missão 113 dos ônibus espaciais dos EUA e a de número 28 do Columbia. A nave voltaria a Terra no dia 1º de fevereiro. A missão foi programada para ter 15 dias, 22 horas e 17 minutos, tempo em que seriam realizados mais de 80 experimentos sobre ciência do espaço e da terra, desenvolvimento de tecnologia e segurança e saúde dos astronautas na gravidade zero. Foram estudados os efeitos sobre os organismos vivos e a fisiologia humana, a química dos cristais, o crescimento de proteínas, a combustão de materiais e a observação de fenômenos meteorológicos. Para realizar essas experiências a tripulação da Columbia se dividiu em dois grupos, que trabalhavam 24 horas por dia. Um deles foi dirigido pelo comandante Rick Husband (EUA) e pelas especialistas Kalpana Endoidece (EUA) e Laurel Clark (EUA), além do especialista de carga útil Ilan Ramon (Israel). O outro grupo era integrado pelo co-piloto William McCool (EUA) e os especialistas David Brown (EUA) e o comandante de carga útil Michael Anderson (EUA). Por esta missão STS-107, de caráter científico, o Columbia levou em seu compartimento de carga um novo módulo pressurizado de pesquisa, o Spacehab RDM (Research Double Module), que tem enormes recursos no campo científico além de ser fisicamente amplo, permitindo o trabalho de quatro tripulantes dentro dele. Também faziam parte da missão mais de quatro toneladas de experimentos científicos.

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