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Com recusa de Saddam, ataque ao Iraque come�a hoje � noite

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Washington - Os Estados Unidos e seus aliados entrarão no Iraque em busca de armas de destruição em massa sem se importarem se o líder desse país, Saddam Hussein, vai acatar ou não o ultimato dado por Washington para exilar-se, disse ontem o porta-voz da Casa Branca, Ary Fleischer. “O presidente disse claramente que Saddam Hussein tem 48 horas para abandonar o Iraque a partir das 20h de segunda-feira (22h, em Brasília). O presidente disse também aos norte-americanos que, se Saddam Hussein partir, as forças da coalizão entrarão de qualquer forma no Iraque de maneira pacífica, já que as tropas iraquianas não obedeceriam às ordens de ataque”, afirmou o porta-voz. Ele acrescentou que a entrada das tropas da coalizão no território iraquiano permitiria garantir que esse país seja “despojado de suas armas de destruição em massa”. Rápido Um ataque rápido, simultâneo e devastador. Intenso a ponto de permitir que as tropas americanas ocupem mais da metade do Iraque em menos de uma semana. Nas primeiras 48 horas da guerra, mais bombas devem cair sobre Bagdá do que em todos os 43 dias da Guerra do Golfo, em 1991. No caso de um ataque, os EUA apostam tudo na já batizada “operação de choque” para levar a uma rápida rendição os 380 mil homens de Saddam Hussein. Desta vez, o Iraque será atacado por uma tropa equivalente a um terço da mobilizada há 12 anos. Mais de 225 mil soldados americanos estão na região do Golfo. Apenas no Kuait, vizinho ao sul do Iraque, são 130 mil americanos e 25 mil britânicos. Outros 90 mil devem seguir para a região após os primeiros ataques a fim de dar suporte à ambiciosa operação. A orientação expressa para o uso de uma tropa menor e para que as operações aéreas e terrestres comecem quase simultaneamente partiu do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld. A estimativa é que a capital, Bagdá, seja atacada nas primeiras 48 horas por mais de 3.000 mísseis e que tropas americanas cheguem à cidade em uma semana. O sucesso da missão, comandada pelo general Tommy Franks, dependerá, segundo especialistas militares, de quatro elementos principais: intensidade do ataque inicial, tecnologia das bombas empregadas, logística de transporte de carga e combustível e das chamadas forças especiais - pequenos grupos de militares que já estão atuando dentro do território iraquiano. Recusa O ditador iraquiano Saddam Hussein rejeitou o ultimato de 48 horas para deixar o país que recebeu ontem do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Em mais um passo em direção à guerra, o Parlamento britânico aprovou ontem a moção do primeiro-ministro, Tony Blair, que autoriza o uso das tropas do Reino Unido em uma ação militar contra o Iraque. Aliados desde o início da crise iraquiana, os Estados Unidos e o Reino Unido têm 280 mil soldados na região do golfo Pérsico, posicionados para invadir o Iraque no que Bush classifica de ataque preventivo com objetivo de acabar com a suposta capacidade de Saddam de usar armas químicas, biológicas ou nucleares, ou de fornecer tais armas a grupos muçulmanos como a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden. O prazo final para Saddam termina às 22h15 de hoje (horário de Brasília). No entanto, o líder iraquiano mantém postura firme e declarou que o Iraque está preparado para combater qualquer invasor e falou em vitória ao dizer que os americanos serão derrotados na “última batalha do Iraque”. Em discurso transmitido ontem pela televisão, Bush defendeu o direito dos Estados Unidos de fazer a guerra em desafio a aliados na ONU (Organização das Nações Unidas) como a França, que voltou ontem a condenar a posição norte-americana.

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