Internacional
Collor acredita em acordo de paz entre as Coreias

O mundo viu com bastante otimismo a histórica cúpula entre os líderes das Coreias realizada na última sexta-feira (27), em Panmunjon, na zona desmilitarizada entre os dois países. Como representante do Senado, o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Fernando Collor de Mello (PTC/AL), acompanhou as tratativas diplomáticas entre os países e afirmou que este é um grande passo na consolidação da paz na região. O senador Pedro Chaves (PRB/MS) acompanhou Collor durante a agenda oficial. Como representante do Senado Federal, Collor vem cumprindo missões internacionais, inclusive como convidado oficial, para aproximar os parlamentos estrangeiros das ações da CRE. Sobre a cúpula entre as Coreias, o parlamentar brasileiro enxerga com otimismo os próximos passos da relação entre os líderes, já que o mundo aguarda por isso há muito tempo. ?Este encontro na Coreia abriu o caminho para a negociação de um tratado de paz entre os países. Desde 1953 que o mundo convive com esse tensionamento. Podemos agora estar retomando ao marco das primeiras tratativas, com uma chance real à paz duradoura. Os líderes coreanos, Kim e Moon apertaram as mãos na fronteira, antes da bem-sucedida e histórica reunião de cúpula?, contou Collor. Em recente conferência, como convidado da Academia do Reino do Marrocos, o senador referiu-se ao papel de ?soft Power? que o Brasil deve exercer nas relações internacionais, a exemplo da atuação que o país pode desempenhar para consolidar o Brics, melhor representando a América do Sul no jogo do poder entre as potências globais. Durante o encontro, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, comprometeram-se a assinar um acordo de paz para acabar com a guerra entre os países ainda neste ano. O pacto vai substituir o armistício de 1953. Essa guerra foi interrompida por cessar-fogo, mas nunca teve fim oficial. Líderes também concordaram em trabalhar pela completa desnuclearização da península. A declaração conjunta ocorreu no encontro histórico em Panmunjon, zona desmilitarizada entre os países. Em Pyongyang, Collor visitou o plenário da Assembleia Suprema, o Parlamento da Coreia do Norte, com 687 integrantes. À oportunidade, ele manteve audiência com Na Tong Chun, vice-presidente da Assembleia, no exercício da Presidência, visando estreitar o intercâmbio entre a Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro e o Parlamento coreano. Ontem, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) informou ontem, em Viena, que acompanha de perto as conversas sobre a desmobilização nuclear na península da Coreia e que está preparada para inspecionar o programa nuclear norte-coreano. A Coreia do Norte mostrou-se disposta a desmantelar seu centro de testes atômicos de Punggye-ri em função do compromisso de desnuclearização feito com o governo sul-coreano na última sexta.