Israel mata 30 na maior ofensiva desde 1967
Ramallah Forças israelenses mataram 30 palestinos ontem na maior ofensiva realizada na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desde que Israel tomou os territórios na guerra do Oriente Médio de 1967. Soldados israelenses invadiram campos de refugiados e o
Por | Edição do dia 13/03/2002 - Matéria atualizada em 13/03/2002 às 00h00
Ramallah Forças israelenses mataram 30 palestinos ontem na maior ofensiva realizada na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desde que Israel tomou os territórios na guerra do Oriente Médio de 1967. Soldados israelenses invadiram campos de refugiados e o centro do poder do presidente palestino, Yasser Arafat, às vésperas da chegada de uma missão de paz dos Estados Unidos. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em sua mais dura crítica a Israel, pediu que o país parasse com os bombardeios a áreas civis, com os assassinatos, com o uso desnecessário de força letal, com as demolições e com a humilhação diária de palestinos. Horas depois de 150 tanques invadirem Ramallah, confinando Arafat dentro de seu gabinete, homens armados disfarçados de soldados israelenses mataram a tiros seis israelenses perto da fronteira com o Líbano. O ataque, liderado por agressores não identificados contra os carros e ônibus na região da Galiléia, aumentou o temor à abertura de uma nova frente no conflito. O ciclo de violência ameaça arruinar a missão de paz do enviado norte-americano Anthony Zinni antes mesmo de seu início. O chefe do Exército de Israel, o general-tenente Shaul Mofaz, disse a um comitê parlamentar que os militares colocaram 20 mil soldados na ação na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Mesmo assim, o tamanho da ofensiva não foi suficientemente grande para satisfazer os ministros ultranacionalistas Avigdor Lieberman (Infra-estrutura) e Benjamin Elon (Turismo), que renunciaram ontem.