Internacional
Argentinos v�o �s urnas escolher novo presidente

Buenos Aires - Num clima de disputa acirrada e em meio à grave crise econômica que o país atravessa, os argentinos vão às urnas neste domingo para escolher o seu novo presidente. Cerca de 80 mil policiais estarão nas ruas para garantir a ordem. Os nove institutos de pesquisa relevantes da Argentina chegaram à conclusão de que é simplesmente impossível dizer quais serão os dois candidatos que irão para o turno final da eleição presidencial, no mês que vem. Sete dizem que o ex-presidente Carlos Menem será um dos finalistas, um o coloca em terceiro lugar e o nono afirma que está ainda disputando o segundo posto. Todos acham que as chances de Elisa Carrió e de Adolfo Rodríguez Saá são pequenas, mas as próprias pesquisas divulgadas ontem recomendam cautela. ?Até os dois que vêm atrás, Carrió e Rodríguez Saá, têm chance?, diz Manuel Mora y Araujo. E, como diz Analía del Franco, da consultora Analogías, ?qualquer dos três (líderes) pode ficar de fora?. Além de Menem, os líderes são Néstor Kirchner, também peronista, e Ricardo López Murphy. Dos nove pesquisados, quatro acham muito timidamente que Menem e Kirchner serão os dois primeiros e um aposta em López Murphy e Kirchner. Quatro preferem a cautela de apontar empate tríplice. Todos coincidem em ressaltar a importância das máquinas partidárias no dia da eleição e no controle da apuração. Se, de fato, for importante, os prejudicados serão principalmente Carrió e López Murphy cujas máquinas são raquíticas. O presidente argentino Eduardo Duhalde confessou, nesse sábado, que o poder o incomoda, faltando poucas horas para a escolha do nome que vai sucedê-lo a partir de 25 de maio. ?Eu sofro com o poder. Sempre. Não apenas agora como presidente, como também como governador. Há quem goste, mas eu não gosto nada. Sinto-me encerrado, incômodo, não me dá satisfação?, revelou o presidente ao jornal Página/12.