Internacional
Iraque rejeita proposta de nova resolução da ONU

O Iraque informou nesse sábado que não aceitará novas regras mais rigorosas para inspeções de armas, propostas em uma resolução que os Estados Unidos pretendem submeter ao Conselho de Segurança da ONU. O vice-presidente iraquiano, Taha Yassin Ramadan, declarou que seu país rejeita medidas adicionais de inspeções incluídas no esboço de resolução feito pelos norte-americanos, que prevê um prazo de 30 dias para que Bagdá declare todos os seus programas de armas de destruição em massa. A questão dos inspetores já foi decidida e qualquer procedimento adicional com o objetivo de prejudicar o Iraque não será aceito, disse Ramadan. Sob ameaça de atacar, Washington quer mudar radicalmente as regras de atuação dos inspetores da ONU, exigindo acesso a qualquer lugar do país e autorizando a proteção dos inspetores por uma força de segurança. Ação militar A proposta de resolução do Conselho de Segurança, apoiada pelo Reino Unido, autorizaria ação militar se Bagdá não atender as determinações do órgão chamando o país a revelar suas armas. O projeto do documento, a ser proposto no início da próxima semana, foi apresentado à Rússia, China e França - países que, assim como os Estados Unidos e Reino Unido, possuem direito a veto no Conselho de Segurança. Franceses, chineses e russos vêem com reservas o que parece ser uma escalada quase inevitável rumo a guerra. O Iraque, de acordo com o projeto que está sendo discutido, teria sete dias após a adoção da resolução para aceitar todas as suas determinações, no que um diplomata chamou de primeiro teste de boa-vontade. Após 30 dias, Bagdá teria de declarar todas as armas nucleares, químicas, biológicas e mísseis balísticos remanescentes em seus territórios. Se Bagdá fizer declarações falsas ou omissões, ou se negar a cumprir o exigido na resolução de outra maneira, um Estado membro da ONU teria direito a utilizar todos os meios necessários termo diplomático que pode ser sinônimo de ação militar para garantir que o Iraque respeite a resolução do Conselho de Segurança.