EUA pedem retirada total de Israel do territ�rio palestino
Washington O governo norte-americano pediu, ontem, uma retirada completa das forças israelenses do território sob controle palestino, considerando que isto facilitaria enormemente a tarefa do emissário dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Ant
Por | Edição do dia 15/03/2002 - Matéria atualizada em 15/03/2002 às 00h00
Washington O governo norte-americano pediu, ontem, uma retirada completa das forças israelenses do território sob controle palestino, considerando que isto facilitaria enormemente a tarefa do emissário dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Anthony Zinni, que chegou ontem à região para tentar um cessar-fogo. Esperamos uma retirada completa das zonas de controle palestino, incluindo Ramallah e os outros setores nos quais as forças israelenses entraram recentemente, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher. Eles (israelenses) falaram sobre a retirada total e é o que nós queremos ver. É o tipo de passo que nós estamos pedindo, que nós estamos encorajando que eles dêem, disse Boucher. A declaração foi feita depois do anúncio de que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ordenou a retirada gradual das tropas e tanques que ocupam a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, desde a última terça-feira. Zinni iniciou, ontem, consultas com dirigentes israelenses e no final da noite jantou com Ariel Sharon. Uma autoridade palestina disse que Zinni deve se reunir amanhã com o líder palestino Iasser Arafat, em Ramallah, na terceira missão de sua visita à região. Sobre a visita de Zinni, o presidente norte-americano, George W. Bush, disse: Ele tem muito a fazer, mas não pediria que ele fosse se não acreditasse que pode avançar. Bush disse que os países árabes têm de reconhecer o direito de Israel de existir - idéia central do plano de paz da Arábia Saudita para acabar com o conflito. Ontem o Conselho de Segurança da ONU adotou pela primeira vez uma resolução pedindo a criação de um Estado palestino na região, convivendo com Israel. A resolução foi proposta pelos Estados Unidos e tanto israelenses como palestinos elogiaram a medida.