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Bush: EUA são viciados em petróleo

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| Iuri Dantas Folhapress Washington - O presidente dos EUA, George W. Bush, deveria insistir, no seu discurso sobre o Estado da União previsto para a noite de ontem, que o país permaneça engajado no cenário internacional, rejeitando as críticas internas segundo as quais os norte-americanos já foram longe demais. Segundo trechos adiantados pela Casa Branca, Bush, cuja família é do ramo petrolífero, dirá ainda que os EUA estão viciados em petróleo e que devem buscar se desvencilhar da dependência de combustível oriunda de partes instáveis do mundo. Bush comentará também o que considera avanços na sociedade iraquiana desde a invasão - nova Constituição e eleições -, citará sutilmente a recusa do Irã em abrir mão do seu programa nuclear e enfatizará o papel da ONU como mediadora de conflitos. Diante de um país dividido, uma agenda interna estagnada e três anos de dificuldades políticas pela frente, Bush abordará temas consensuais com a oposição, pedindo a cooperação dos democratas em temas que considera vitais. Segundo Steven Hill, do New American Foundation, o foco de Bush na guerra revela que sua gestão não possui planos claros para temas como o aquecimento global, energia ou saúde. Diferentemente de outros especialistas, porém, ele não vê possibilidade de Bush perder a dianteira política. A nação é bastante dividida entre republicanos e democratas. E infelizmente, para os democratas, suas previsões nas eleições legislativas não são tão boas, simplesmente porque não há pleitos com competição suficiente para que os democratas progridam muito. Na avaliação de John Samples, do Instituto Cato, o presidente americano deve reconquistar alguma popularidade, o que não evitaria mais dificuldades políticas. Os próximos três anos podem ser como o ano passado, que foi o pior até agora. Se os democratas reconquistarem o controle do Congresso, o presidente pode ter dificuldade de avançar em qualquer tema. E também temos o problema do Iraque. Entretanto o presidente parece estar elevando sua popularidade de alguma maneira, porque parece ter atingido o fundo em novembro de 2005, disse. A estratégia de Bush se torna particularmente interessante num ano em que o Congresso deve ser renovado, e alguns analistas apontam a possibilidade de seu Partido Republicano perder o domínio de uma das Casas. Um discurso em prol da união dos partidos, neste caso, resgataria um pouco de sua popularidade, que vem caindo nos últimos meses por conta da pior crise política por que Bush já passou.

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