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Nº 5903
Internacional

Navio com mil imigrantes ilegais � interceptado e levado � Sic�lia

Catania (Itália) – Um navio abarrotado com cerca de mil  imigrantes ilegais, a maioria  curdos, foi flagrado ontem no  sul da Itália e rebocado ao porto  de Catania. Equipes médicas se  preparam para atender o grupo, no qual há 300 crianças e 200 mulheres

Por | Edição do dia 19/03/2002 - Matéria atualizada em 19/03/2002 às 00h00

Catania (Itália) – Um navio abarrotado com cerca de mil  imigrantes ilegais, a maioria  curdos, foi flagrado ontem no  sul da Itália e rebocado ao porto  de Catania. Equipes médicas se  preparam para atender o grupo, no qual há 300 crianças e 200 mulheres, segundo a guarda costeira. As autoridades temem o surgimento de epidemias a bordo do barco Monica, de 80 metros, depois de uma semana de viagem em precárias condições de higiene. Um dos imigrantes disse que o grupo é composto por curdos do Iraque. As autoridades se comprometeram a levar todos rapidamente para um centro de triagem. A Marinha italiana interceptou o barco na noite de domingo e tentou abordá-lo. Temendo prisões, os imigrantes resistiram, ameaçando jogar as crianças ao mar caso não pudessem continuar a viagem. O impasse foi resolvido com a decisão de escoltar o Monica até o porto de Catania, que estava a 70 milhas. Durante a noite, um helicóptero resgatou uma mulher de 21 anos que havia dado à luz um bebê, que passa bem. O marido e dois outros filhos dela continuaram a bordo. Segundo o capitão Sebastiano Scandura, há outras duas grávidas a bordo, uma delas doente. A chegada de mil imigrantes ilegais é um número excepcional mesmo em um lugar acostumado a eles, como a Itália. No ano passado, o país recebeu 20 mil clandestinos, que desembarcam de navios comerciais decrépitos, vindo do norte da África e Oriente Médio, ou de botes de borracha, atravessando o mar Adriático a partir da Albânia. As autoridades ainda não sabem de onde vem o Monica. O governo libanês negou a versão de que ele tenha zarpado daquele país. O capitão do barco afirma que se dirigia à Tunísia, mas o governo italiano acha que o objetivo era realmente deixar os imigrantes na Itália.

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