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Israel oferece ex�lio a Arafat e intensifica combate

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Jerusalém ? Apesar das críticas internacionais, o Exército de Israel intensificou ontem sua ofensiva militar em diversas cidades da Cisjordânia, que foram ocupadas pelo Exército israelense, como Belém, Tulkarem, Qalqilya, Ramallah e Jenin. Em Ramallah foram disparados obuses e mísseis contra o quartel-general dos serviços de segurança palestinos durante a noite. Pouco antes, os militares utilizaram 60 palestinos como escudo humano e os obrigaram a caminhar diante dos tanques que se aproximavam da sede dos serviços de segurança, afirmou o coronel Jibril Rajub, chefe do serviço de segurança preventiva na Cisjordânia. Um porta-voz militar israelense desmentiu a acusação. Durante a noite foram escutadas diversas explosões de granadas na cidade, assim como disparos de metralhadora. Vários helicópteros sobrevoaram baixo a região, que amanheceu com vários edifícios em chamas. Ramallah foi ocupada por militares israelenses na sexta-feira (29) e desde então o líder palestino Iasser Arafat permanece isolado, completamente cercado por soldados israelenses. O governo de Israel disse que não pretende capturar nem atingir Arafat. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse que permitiria a Arafat deixar seu quartel-general na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, com a condição de que não voltasse. Sharon afirmou que recebeu ligações de líderes do mundo expressando preocupação com a situação de Arafat e que disse a eles que poderiam mandar um helicóptero para retirá-lo de Ramallah. ?Em primeiro lugar, teria que levar a questão ao gabinete. Depois, ele não poderia levar ninguém junto porque eles são assassinos?, disse Sharon a repórteres em uma base do Exército na Cisjordânia. ?E a terceira coisa é que teria que ser um bilhete só de ida. Ele não poderia voltar?, disse Sharon. Arafat diz que prefere a morte Iasser Arafat rejeitou a proposta feita por Sharon. Em uma declaração ao vivo à emissora árabe Al Jazeera, do Qatar, o coronel Mohamad Dahlan, assessor da Autoridade Palestina, disse que Arafat afirmou por telefone que estava disposto a permanecer em território palestino e inclusive a ?morrer como um mártir? caso tomem seu refúgio em Ramallah, na Cisjordânia. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, também descartou as sugestões israelenses. ?Mandá-lo para o exílio vai apenas dar a ele um outro lugar para que conduza as mesmas atividades e envie as mesmas mensagens que está mandando. Até que ele decida sair do país, me parece que precisamos trabalhar com ele, onde quer que esteja?, disse Powell ao programa ?Good Morning America?, da rede ABC. Cerca de 35 pacifistas que furaram o cerco israelense e conseguiram chegar até o líder palestino no domingo (31) continuam hoje acompanhando Arafat, tentando servir de escudo humano contra um possível ataque. Pela manhã, os tanques entraram na cidade autônoma de Belém (Cisjordânia) e chegaram até sua parte velha, onde segundo a Bíblia nasceu Jesus Cristo. Houve disparos de metralhadora e de canhões de pequeno calibre. Os aviões de combate e helicópteros sobrevoaram a cidade durante a noite inteira.

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