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Nº 5797
Internacional

Compromisso internacional no combate � fome e pobreza

Monterrey - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem no discurso de encerramento dos trabalhos da Cúpula Extraordinária das Americas que é chegada a hora de resgatar e afirmar de uma vez por todas a primazia do interesse coletivo e da “coisa p

Por | Edição do dia 14/01/2004 - Matéria atualizada em 14/01/2004 às 00h00

Monterrey - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem no discurso de encerramento dos trabalhos da Cúpula Extraordinária das Americas que é chegada a hora de resgatar e afirmar de uma vez por todas a primazia do interesse coletivo e da “coisa pública” no continente. Defendeu o compromisso dos países latino-americanos no combate à fome, à pobreza e à exclusão social. O presidente brasileiro falou a seus homólogos sobre as experiências brasileiras em programas sociais como o Fome Zero, implantado em 2.369 municípios, microcrédito e de financiamento para a agricultura familiar. Mencionou que até o final de seu governo mais de 11 milhões de famílias pobres serão incorporadas ao Bolsa-Família, totalizando quase 50 milhões de pessoas. Ele declarou que está mais otimista após um ano de sua posse, porque o governo conseguiu recuperar a credibilidade, aprovar, em sete meses, as reformas da previdência e tributária, que pareciam impossíveis de serem feitas. Elogiou, também, os avanços que a economia brasileira têm alcancado. “Estou otimista porque estamos reduzindo as taxas de juros dentro do Brasil, porque aumentamos as exportacões, este ano bateremos um novo recorde da safra agrícola, passando de 122 milhões para 130 milhões de toneladas de grãos e porque temos mais dinheiro para investir em saneamento básico, habitação e porque nossa relação com a América do Sul talvez seja a melhor de toda a historia do pais”, enfatizou o presidente. Lula defendeu que a integracão hemisférica seja feita pela via do diálogo político e da cooperação internacional para o desenvolvimento. “A estabilidade econômica foi pensada de costas para a justiça social. Uma exclusão secular ganhou maior dimensao na década passada. Trata-se de um modelo perverso que separou equivocadamente o econômico do social, opôs estabilidade a crescimento e divorciou responsabilidade e justiça. Devemos trabalhar com um novo conceito de desenvolvimento, em que a distribuição de renda nao é mera conseqüencia do crescimento, mas sua alavanca fundamental. Cabe ao Estado, em diálogo com a sociedade, traçar politicas para reduzir o fosso entre opulência e miséria”, destacou. O presidente mostrou-se desejoso de que se alcance a tão sonhada integração fisica de toda a America do Sul, com a consolidacao, dentro de três anos, do Mercosul e com a participacao de toda a América do Sul e Latina.

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