Jerusalém – O Ministério da Defesa de Israel confirmou, ontem, a retirada, nas próximas  horas, das tropas israelenses das  cidades palestinas de Qalkilya e  Tulkarem, na Cisjordânia. O exército israelense afirmou ter concluído nestas cidades as “operações de limpeza” de focos terroristas. As forças de segurança continuarão cercando e ocupando outras quatro áreas urbanas autônomas palestinas: Ramallah-El Bireh, Belém-Beit Jala, Nablus e Jenin. A rede de televisão estatal israelense Canal 1 já havia divulgado a decisão, tomada pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, devido à pressão do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Esta seria uma “retirada simbólica” para reduzir a pressão norte-americana, o principal aliado de Israel. Bush enviou ontem uma mensagem urgente a Sharon, na qual pede a retirada “sem demora”. O presidente também exigiria do primeiro-ministro a liberação do líder palestino Iasser Arafat, que está cercado pelo exército israelense desde o dia 29 de março em Ramallah. Moradores da cidade palestina de Belém, ocupada pelo exército israelense desde a semana passada, conseguiram levar comida e água para casa graças ao levantamento do toque de recolher por algumas horas. As trocas de tiros, porém, continuavam em muitas ruas, e uma equipe da Cruz Vermelha foi impedida de circular por mais de uma hora.