Explosivos colocados nos trens foram ativados por telefone celular
São Paulo, SP (Agência Folha) - Os atentados em Madri deixaram um saldo de 199 mortos, segundo um novo balanço oficial divulgado ontem pelo Ministério do Interior. Das 1.463 pessoas que ficaram feridas nos ataques, 377 continuam hospitalizadas, segundo in
Por | Edição do dia 13/03/2004 - Matéria atualizada em 13/03/2004 às 00h00
São Paulo, SP (Agência Folha) - Os atentados em Madri deixaram um saldo de 199 mortos, segundo um novo balanço oficial divulgado ontem pelo Ministério do Interior. Das 1.463 pessoas que ficaram feridas nos ataques, 377 continuam hospitalizadas, segundo informações do governo regional de Madri. Os atentados foram sincronizados e ocorreram em diferentes linhas de trens de Madri, em pleno horário de pico. Segundo autoridades, as bombas usadas nos atentados de ontem foram ativadas por telefone celular e tinham detonadores de cobre, que não são normalmente usados pelo ETA (Pátria Basca e Liberdade) e prega a independência. Segundo a rádio Cadena Ser, fontes de segurança disseram que as bombas foram ativadas por celulares com alarmes programados para as 7h39 (3h39 em Brasília). O detonador de uma bomba que não explodiu e foi recuperado pela polícia continha um dispositivo de cobre. O ETA geralmente usa detonadores de alumínio, de acordo com a reportagem. O Ministério do Interior não pôde confirmar imediatamente a notícia. O governo espanhol disse inicialmente que acreditava que o ETA era o mais provável culpado pelas explosões simultâneas em quatro trens. Mas uma carta supostamente de um grupo ligado à rede terrorista Al Qaeda assumiu a autoria do ataque. O primeiro-ministro da Espanha, José María Aznar, disse ontem que o governo espanhol seguirá todas as linhas de investigação para descobrir os responsáveis pelos ataques. As provas vão frutificar, afirmou.