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ONU aprova resolução que culpa Rússia por crise humanitária

Proposta aprovada também convoca os países-membros a financiar integralmente o programa de ajuda

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A Assembleia-Geral da ONU aprovou a resolução que responsabiliza a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia – o texto prevê ainda o envio de ajuda humanitária ao país. Foram 140 votos a favor, 5 contra e 38 abstenções. O Brasil votou a favor da resolução. A segunda resolução, que eximiria a Rússia da crise, proposta pela África do Sul, não chegou a ser votada após ser rechaçada por 67 países na Assembleia, seguindo pedido da Ucrânia.

O texto aprovado pelos países-membros exige “a cessação imediata das hostilidades por parte da Rússia contra a Ucrânia, em particular de quaisquer ataques contra civis e instalações civis.” Também exige que civis, incluindo pessoal humanitário, jornalistas e pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo mulheres e crianças, sejam plenamente protegidos pelos dois países. A resolução exige ainda o fim de cercos a cidades na Ucrânia, em particular Mariupol, pois essa estratégia “agrava ainda mais a situação humanitária da população civil e dificulta os esforços de evacuação.” A proposta aprovada também convoca os países-membros a financiar integralmente o programa de ajuda humanitária à Ucrânia, bem como o plano regional de resposta aos refugiados para Ucrânia e os seus países vizinhos. Por fim, o texto aprovado encoraja fortemente “as negociações contínuas entre todas as partes, e insta mais uma vez a resolução pacífica imediata do conflito entre a Rússia e Ucrânia através do diálogo político, negociações, mediação e outros meios pacíficos.” Embora não vinculativas, as resoluções da Assembleia Geral têm peso político.

RESOLUÇÕES ANTAGÔNICAS

A Assembleia-Geral da ONU e seus 193 membros teriam de analisar dois projetos de resolução antagônicos – ambos exigindo acesso à ajuda e a proteção de civis, pessoal médico e trabalhadores humanitários na Ucrânia. Mas apenas um texto, escrito pela Ucrânia e apresentado por México e França, e que foi votado nesta quinta-feira (24), criticava o papel da Rússia na criação da crise. O segundo rascunho da África do Sul, que não fazia menção à Rússia, foi derrubado antes de ir à votação. O projeto de resolução da África do Sul era semelhante a uma proposta de resolução da Rússia sobre o conflito da Ucrânia que não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira (23). Apenas o embaixador russo e o chinês votaram a favor do texto russo; todos os outros 13 membros se abstiveram, incluindo o Brasil.

“ESCOLHER UM LADO”

O texto elaborado falava sobre acesso à ajuda e proteção civil na Ucrânia, mas não mencionava o papel de Moscou na crise. Para que o texto passasse, nove membros precisavam apoiar a resolução. O embaixador da China nas Nações Unidas, Zhang Jun, disse aos países membros da Assembleia Geral da ONU que a situação humanitária na Ucrânia está se tornando cada vez mais séria, mas que os países não devem forçar outros a “escolher um lado” no conflito. A China vem sendo pressionada pelo Ocidente a condenar a agressão russa.

*Com informações da Reuters

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