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EUA ACUSAM PUTIN DE PLANEJAR ATAQUE PARA FREAR AJUDA À UCRÂNIA

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Inteligência dos EUA vê indicações de que Putin pretende criar uma zona de controle
Inteligência dos EUA vê indicações de que Putin pretende criar uma zona de controle -

A troca de acusações e a guerra de narrativas continuam no dia a dia do confronto entre Rússia, ucranianos e aliados. O serviço de inteligência dos Estados Unidos acusa presidente russo, Vladimir Putin, de planejar o uso de ” meios mais drásticos” na invasão da Ucrânia. As autoridades citam o risco ataques nucleares.= Ontem (10), a diretora de Inteligência norte-americana, Avril Haines, afirmou que o chefe do Kremlin pretende promover “ações militares potencialmente escaladas”. “Acreditamos que Moscou continua a usar a retórica nuclear para impedir que os Estados Unidos e o Ocidente aumentem a ajuda letal à Ucrânia. Se Putin perceber que os Estados Unidos estão ignorando suas ameaças, ele pode tentar sinalizar a Washington o perigo aumentado de seu apoio à Ucrânia, autorizando outro grande exercício nuclear envolvendo uma grande dispersão de mísseis intercontinentais móveis, bombardeiros pesados ??e submarinos estratégicos”, ponderou. “Os próximos meses podem nos levar a um caminho mais imprevisível e potencialmente trajetória escalada”, frisou. Avril Haines acredita que Putin está se preparando para o prolongamento da guerra na Ucrânia. “Avaliamos que os objetivos estratégicos de Putin provavelmente não mudaram, sugerindo que ele considera a decisão no final de março de reorientar as forças russas em Donbass é apenas uma mudança temporária para recuperar a iniciativa”, explica. A chefe da inteligência detalha que as tropas russas pretendem tomar o controle das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, além de consolidar o controle de Kherson, de onde vem a água da Crimeia, que foi anexada ao território russo em 2014.

CONTROLE RUSSO

A inteligência dos Estados Unidos também vê indicações de que Putin pretende criar uma zona de controle até Transnístria, a região da Moldávia ocupada por Moscou, controlando assim toda a costa ucraniana do Mar Negro. “O ponto mais provável de escalada nas próximas semanas é em torno das crescentes tentativas russas de intimidar a assistência de segurança ocidental, retaliação por sanções econômicas ocidentais ou ameaças”, frisa. A guerra chegou na terça ao 76º dia. Rússia e Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro.

MILHARES DE MORTOS

A Ucrânia teve “milhares” de mortos a mais do que os números oficiais contabilizam hoje, disse na terça-feira (10) a chefe da missão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas no país, Matilda Bogner. Em 76 dias de conflito, o governo ucraniano contabiliza oficialmente 3.381 mortos. A ONU, que enviou uma comissão ao país para apurar os danos da guerra, está fazendo um levantamento mais amplo desse número. Ela ponderou, no entanto, que mesmo a nova contagem já pode estar defasada por conta da situação em Mariupol, cidade no sul da Ucrânia que a Rússia afirma ter conquistado.

TROPAS EM MAIUPOL

Desde o início da guerra, tropas russas cercaram Mariupol, um dos principais focos de interesse de Moscou na Ucrânia, por conta de sua posição considerada estratégica para o Kremlin. A cidade portuária, que tem saída para o mar de Azov, fica posicionada entre a fronteira com a Rússia e a península da Crimeia, região ucraniana anexada por Moscou em 2014.

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