Vit�ria da direita na Fran�a surpreende diversos pa�ses
Paris A França sofreu uma séria humilhação devido ao avanço sem precedente do partido de extrema direita Frente Nacional, de Jean-Marie Le Pen, 73, no primeiro turno da eleição presidencial francesa, informou, ontem, a agência Nova China. Trata-se
Por | Edição do dia 23/04/2002 - Matéria atualizada em 23/04/2002 às 00h00
Paris A França sofreu uma séria humilhação devido ao avanço sem precedente do partido de extrema direita Frente Nacional, de Jean-Marie Le Pen, 73, no primeiro turno da eleição presidencial francesa, informou, ontem, a agência Nova China. Trata-se de uma humilhação impressionante e sem precedente na história da democracia francesa, diz a agência oficial chinesa em uma análise, pouco depois do anúncio dos resultados definitivos do primeiro turno, de domingo. A eliminação do candidato socialista Lionel Jospin e o excepcional resultado do líder da extrema direita Jean-Marie Le Pen no primeiro turno das eleições presidenciais da França são um golpe para toda a Europa e uma lição que obriga a meditar, afirma de um modo geral a imprensa italiana. Os títulos dos jornais espanhóis França dá medo, Terremoto na França, França, um país antiquado e descentralizado refletem a emoção provocada pelo resultado do primeiro turno das eleições francesas. Na própria França, os comentários não fugiram à surpresa. Terremoto, choque, bomba. A imprensa francesa, desorientada, tenta explicar em seus jornais de ontem o resultado obtido na véspera pelo direitista Le Pen, que disputará no dia 5 de maio, em segundo turno, a Presidência da França com o atual mandatário Jacques Chirac, 69. Os jornais destacam também o fracasso do primeiro-ministro socialista Jospin pela primeira vez desde 1969, não haverá candidato de esquerda no segundo turno de uma eleição presidencial assim como a abstenção recorde no primeiro turno: mais de 28% dos eleitores não votaram. De acordo com a apuração, o atual premiê francês, Jacques Chirac, conseguiu 19,57% dos votos, contra 17,02% de Le Pen e 16,07% de Lionel Jospin socialista, em um pleito que teve o recorde de abstenção da história do país: 27,63% dos eleitores não votaram.