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Nº 5822
Internacional

Iraque diz estar perto de prender inimigo n� 1

O vice-primeiro-ministro interino do Iraque, Barham Saleh, disse ontem que a captura de dois ajudantes do jordaniano Abu Musab al Zarqawi, inimigo número 1 dos americanos no Iraque, coloca as forças iraquianas, apoiadas pelos Estados Unidos, muito perto d

Por | Edição do dia 29/01/2005 - Matéria atualizada em 29/01/2005 às 00h00

O vice-primeiro-ministro interino do Iraque, Barham Saleh, disse ontem que a captura de dois ajudantes do jordaniano Abu Musab al Zarqawi, inimigo número 1 dos americanos no Iraque, coloca as forças iraquianas, apoiadas pelos Estados Unidos, muito perto de capturar o terrorista. “Tenho esperanças, com base na evidência que temos em mãos, de que estamos cada vez mais perto de dizimar e eliminar essa ameaça do nosso país”, afirmou o vice-ministro. A informação foi passada à imprensa por Saleh em uma teleconferência com jornalistas que cobrem o Pentágono. Mais cedo, autoridades iraquianas haviam anunciado a captura de dois assessores diretos de Al Zarqawi. De acordo com autoridades, Salah Salman Idaaj Matar al Luhaybi, também conhecido como Abu Sayf, que é considerado o principal companheiro de Al Zarqawi, foi capturado em Bagdá (capital) em uma operação em 31 de dezembro. Ali Hamad Ardani Yasin al Isawi, um assistente que coordenava encontros do líder jordaniano com outros insurgentes, foi detido em 20 de janeiro a oeste de Bagdá, segundo autoridades. Al Zarqawi prometeu matar qualquer um que votasse nas eleições e disse que as eleições legislativas foram feitas para trazer a maioria xiita “infiel” para o poder no Iraque. Os xiitas árabes representam cerca de 60% da população iraquiana, mas foram afastados do poder durante o regime de Saddam Hussein, de origem sunita. Eleição “Ayad Allawi [atual primeiro-ministro interino do Iraque] irá ganhar de qualquer jeito, que diferença fará se eu votar ou não?”, diz Ahmed, um iraquiano que vive na Jordânia há um ano e meio, ao explicar por que não se registrou para votar nas eleições iraquianas que serão realizadas no fim de semana. Para ele, as eleições só farão com que a situação no território iraquiano piore. “O povo iraquiano não gosta de Allawi, mas ele irá ganhar, e isso só fará com que a falta de segurança aumente”, afirma. Ahmed faz parte da grande maioria de iraquianos vivendo na Jordânia que não se registrou para participar da votação preparada pela Organização Internacional de Migração (OIM), uma agência da ONU, para aqueles que estão fora do Iraque. Pouco mais de 20 mil iraquianos que moram hoje na Jordânia se registraram. Isso representa 11% do total que poderia estar participando, estimado em 180 mil. Ali, um jornalista iraquiano em Amã, também não acredita nas eleições. Outros afirmam simplesmente que não estão interessados nas eleições. É o caso de um relojoeiro que vive há sete anos na Jordânia e que preferiu não ter o seu nome revelado. “Eu não quero votar, não estou interessado”, diz ele, sem querer explicar muito. Um outro iraquiano, que também não quis revelar o nome, não irá votar porque nem sabia que o prazo para registro já havia terminado. “A situação no Iraque não é nada boa”, completa. Já entre os que decidiram votar, a expectativa é que as eleições ajudem a melhorar a vida no Iraque.

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