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Nº 5822
Internacional

Separatistas explodem carro-bomba em Madri

Madri - Um carro-bomba explodiu ontem do lado de fora  do principal centro de convenções de Madri, ferindo ao menos  43 pessoas. O rei Juan Carlos, a  rainha Sofia e o presidente do México, Vicente Fox, eram esperados mais tarde para abrir uma exposição d

Por | Edição do dia 10/02/2005 - Matéria atualizada em 10/02/2005 às 00h00

Madri - Um carro-bomba explodiu ontem do lado de fora  do principal centro de convenções de Madri, ferindo ao menos  43 pessoas. O rei Juan Carlos, a  rainha Sofia e o presidente do México, Vicente Fox, eram esperados mais tarde para abrir uma exposição de arte no centro. Segundo autoridades, o grupo separatista basco ETA alertou sobre a explosão. “A maior parte dos ferimentos foram leves ou moderados, cortes e machucados devido à explosão”, contou Ervigio Corral, do serviço de Emergência Samur. Segundo ele, 24 pessoas foram levadas para o hospital. Segundo a edição eletrônica do jornal El Pais, o carro usado teria sido roubado na noite de terça-feira em Guadalajara. Os policiais disseram que o veículo tinha placas duplicadas. Cerca de 30 quilos de explosivos estavam no veículo. Em Varsóvia, o primeiro-ministro da Espanha, Jose Luis Rodriguez Zapatero, condenou o ataque. Ele disse ao grupo separatista basco ETA, que seria responsável pelo atentado, que não há espaço para o terrorismo na política. “Eu gostaria de dizer aos terroristas do ETA e aos que os apóiam que não há lugar para eles na política ou na sociedade civil. Bombas só levam à prisão”, disse Zapatero numa entrevista coletiva. Suas declarações foram traduzidas para o polonês. Esta foi a mais grave explosão de bomba em Madri desde os ataques de 11 de março do ano passado, quando 191 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em quatro trens. Um grupo ligado à rede terrorista al-Qaeda foi responsável por esses ataques. A polícia basca disse que o jornal basco Gara recebeu um alerta do ETA na manhã de ontem anunciando que um carro-bomba explodiria pouco depois perto do centro de convenções de Madri. “É mais uma brutalidade. Precisamos acabar com isso completamente”, disse a repórteres o vice-primeiro-ministro da Espanha, Pedro Solbes. A explosão coincidiu com uma grande operação policial contra o ETA. A imprensa do país afirmou que ao menos dez pessoas haviam sido detidas no País Basco, em Navarra e em Valência. “Antes da explosão, vimos policiais correndo e dois ou três minutos depois houve a explosão”, contou um funcionário de um hotel próximo a Telemadrid. A explosão é um duro golpe às esperanças de Madri de receber os Jogos Olímpicos de 2012. O centro de convenções foi um dos locais visitados na semana passada por um comitê de avaliação olímpico. O ETA matou quase 850 pessoas desde 1968 na sua luta por um estado basco independente no norte da Espanha e sudoeste da França.

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