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Nº 5824
Internacional

VLADIMIR PUTIN JÁ PERDEU QUASE 20% DA FROTA DE ESTRELA DA FORÇA AÉREA

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Por IGOR GIELOW | Edição do dia 21/09/2023 - Matéria atualizada em 21/09/2023 às 04h00

São Paulo, SP – A Rússia anunciou nesta quarta (20) a perda de mais uma unidade do Sukhoi Su-34, avião de ataque tático que é uma das maiores estrelas tecnológicas de sua Força Aérea. O caça-bombardeiro caiu perto de sua base durante um treino em Voronej, no centro-sul da Rússia europeia, em um episódio ainda não explicado. Os dois pilotos conseguiram se ejetar e estão bem, segundo o Ministério da Defesa.

Com isso, chegam a 21 os Su-34 perdidos desde que Vladimir Putin invadiu a Ucrânia, em fevereiro do ano passado. Desses, 4 caíram em acidentes não relacionados a combate, segundo a conta do site holandês especializado em monitorar perdas militares confirmadas por imagens georreferenciadas Oryx.

Isso equivale a 18% da frota pré-guerra do avião, aqui no cálculo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, o maior índice entre os modelos de combate empregados na guerra. Numericamente, só foram perdidas mais aeronaves de ataque ao solo Sukhoi Su-25, 30 até aqui, 3 das quais em acidentes.

Em relação à frota pré-guerra do Su-25, é uma elevada taxa de 16%, mas aqui trata-se de um modelo que entrou em operação na União Soviética em 1981, com tecnologia mais obsoleta, embora considerado um "cavalo de guerra" por seus operadores, pela alta resistência a fogo inimigo durante missões de apoio ao solo em velocidades subsônicas.

Já o supersônico Su-34 chegou ao conflito com a fama de ser uma aeronave mortífera, resultado de seu emprego na Rússia e por suas características. Ele começou a ser desenvolvido como uma versão maior e mais poderosa da família de caças Su-27, conhecidos pelo codinome Flanker no Ocidente, nos estertores do império comunista.

A balbúrdia após a dissolução soviética levou a atrasos, e o avião só entrou em serviço em 2014, com alta tecnologia embarcada. Viu ação a partir do ano seguinte na intervenção de Putin para salvar a ditadura do aliado Bashar al-Assad na guerra civil síria, mas sua reputação foi construída sem que tivesse enfrentado defesas antiaéreas ou caças adversários. Ao todo, os russos já perderam 91 de 1.172 aviões de combate de sua frota do pré-guerra. Isso não considera reposição, que é lenta. Dados da UAC, a estatal que produz caças e bombardeiros russos, mostram que ao menos 10 Su-34 foram entregues ao longo de 2022, mas não se sabe quantos deles estão operacionais.

A Ucrânia, por sua vez, perdeu 72 de 124 aviões do pré-guerra pelos dados disponíveis, mas é preciso levar em conta que há menos informação pública de baixas do país porque elas ocorrem em seu território. O país já recebeu um número incerto de caças MiG-29 poloneses e eslovacos, e briga com o Ocidente para receber os prometidos modelos americanos F-16.

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