Internacional
Americanos desaprovam reforma de Bush

Nova York - Uma pesquisa divulgada ontem pelo jornal americano The New York Times aponta que a maior parte dos americanos discorda do presidente George W. Bush em relação a assuntos domésticos, sobretudo, a reforma da Previdência Social. De acordo com a pesquisa, realizada quatro meses após a sólida vitória de Bush sobre o senador democrata John Kerry, 63% dos entrevistados afirmam que o presidente tem prioridades na política interna diferentes da maioria dos americanos. A maioria dos entrevistados demonstrou resistência à proposta de reforma da Previdência apresentada por Bush e afirma estar preocupada em relação à habilidade do presidente em tomar as decisões certas em uma eventual saída americana do Iraque. Má idéia Segundo a pesquisa, 51% dos entrevistados disseram que permitir que a população invista parte de sua contribuição em contas privadas o ponto principal da proposta de Bush é uma má idéia. O número de opositores da proposta saltou para 69% quando os entrevistados foram informados de que as contas privadas iriam resultar na redução dos benefícios. Para defender o projeto, Bush argumenta que o governo deve permitir que os cidadãos tenham maior controle sobre o dinheiro que direcionam para a aposentadoria. No entanto, na pesquisa, quatro entre cinco entrevistados afirmaram que cabe ao governo garantir um bom nível de vida para a população na velhice. Cerca de 50% dos entrevistados afirmam ainda que os democratas sabiam tomar decisões melhores em relação à Previdência Social, contra 31% que disseram o mesmo sobre os republicanos. Quando questionados quais seriam os assuntos domésticos mais importantes do país, a maioria pôs a Previdência Social em terceiro lugar atrás do desemprego e da saúde. Iraque Em relação ao Iraque, 53% dos pesquisados disseram que os esforços de Bush para reorganizar o país estão indo bem, contra 41% no mês passado. É a maior percentagem de aprovação dos esforços americanos no Iraque desde a captura de Saddam Hussein, que foi preso em dezembro de 2003 no norte do Iraque. No entanto, 42% das pessoas ouvidas agora dizem que Bush teria feito melhor se tivesse tentado conter a ameaça da Coréia do Norte antes de invadir o Iraque, contra 45% que acham que Bush agiu corretamente em focar primeiramente o Iraque. Retratos Os retratos de quase todos os 1,5 mil americanos mortos no Iraque serão mostrados em uma exposição em uma universidade de Nova York. As imagens, a maioria delas pintadas por estudantes de arte, serão colocadas em uma parede de 60 metros da Universidade de Syracuse. Não é sobre a guerra ou política. É sobre essas pessoas que perderam suas vidas, diz Stephen Zaima, professor da universidade. Segundo a agência de notícias AP, o número de homens e mulheres americanos que morreram no Iraque chegou a 1,5 mil até ontem.