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C�rebro de resist�ncia chech�nia � morto

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Moscou - O líder rebelde checheno Aslan Maskhadov foi morto, em circunstâncias ainda não esclarecidas, durante uma operação de tropas especiais russas, informam agências internacionais de notícias. Ex-presidente da república da Chechênia e cérebro da resistência nas duas guerras empreendidas por Moscou na década de 90, ele é acusado de ser um dos mentores de uma série de ações terroristas nos últimos anos. Entre elas está o seqüestro da escola de Beslan, em outubro do ano passado. Na época, ele negou qualquer envolvimento na ação, cujo desenlace resultou na morte de mais de 300 pessoas- metade, crianças. Maskhadov, de 53 anos, era um dos dois homens mais procurados pela Rússia, que oferecia uma recompensa equivalente a US$ 10 milhões por uma pista que levasse a sua captura. (O outro é Shamil Basayev, líder militar checheno que abomina qualquer hipótese de negociação com Moscou e assumiu envolvimento no massacre de Beslan.) Se confirmada, a morte de Maskhadov seria uma vitória política para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que considera a campanha sangrenta dos separatistas chechenos um movimento terrorista. A rede de televisão estatal russa mostrou imagens do que seria o cadáver de Maskhadov. O principal representante do líder checheno no Ocidente, Akhmed Zakayev, que vive em Londres, deu a notícia por verdadeira e disse que Maskhadov se tornará muito mais perigoso para o Kremlin morto do que era em vida - quando pedia negociações. Acidental Putin pediu aos serviços de segurança russos que chequem duplamente a informação de que o líder checheno está morto. O vice-primeiro-ministro da Chechênia Ramzan Kadyrov afirmou que Maskhadov foi morto acidentalmente por um de seus seguranças. Segundo o vice-premier, o plano das tropas russas era capturá-lo vivo na operação de ontem, ao norte de Grozny. “Ele foi morto como resultado do manuseio negligente de armas por um guarda-costas que estava ao lado dele”, disse Kadyrov, à agência de notícias russa Interfax. “Nós fomos encarregados de prender Maskhadov. Ninguém iria eliminá-lo fisicamente”, disse Kadyrov. Em 1997, Maskhadov foi eleito presidente num pleito realizado sob os auspícios da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. Depois, liderou os rebeldes chechenos contra as tropas russas na segunda guerra na república separatista. Ele vivia refugiado nas montanhas. O porta-voz do comando militar do Cáusaso Norte, Ilya Shabalkin, disse que o líder separatista morreu numa “operação especial” na localidade de Tolstoi-Yurt, ao norte de Grozny. A agência de notícias russa Itar-tass informara que, segundo as forças russas, uma grande ação terrorista havia sido frustrada ontem nesta localidade. Alguns analistas viam em Maskhadov um moderado, especialmente frente a Shamil Basayev. Recentemente, Maskhadov chegou a oferecer uma trégua unilateral e pediu para conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, dizendo crer na possibilidade de uma solução negociada. Putin recusou-se a recebê-lo.

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