Internacional
Israel barra entrada de colonos em Gaza

O Exército de Israel barrou ontem a entrada de cidadãos israelenses na Faixa de Gaza. Supostamente, o grupo iria se unir ao movimento de resistência dos colonos contra o plano de retirada organizado pelo governo israelense. Segundo plano de retirada unilateral, do premiê israelense, Ariel Sharon, já aprovado pelo Parlamento, 21 assentamentos da Faixa de Gaza e quatro da Cisjordânia serão desmantelados até setembro. Informações obtidas por agências de notícias internacionais dão conta que o controle do Exército pode não ser tão efetivo. Um militar, que não quis ser identificado, afirmou que é impossível saber se as pessoas que entram em Gaza e na Cisjordânia pela manhã deixam as regiões ao final do dia. Sharon afirmou várias vezes que a presença dos colonos em Gaza onde vivem cerca de 1,3 milhão de palestinos é insustentável, principalmente depois do acordo de paz estabelecido com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em 8 de fevereiro, durante a cúpula de Sharm el Sheikh (Egito). Resistência Apesar do movimento do governo, colonos prometem resistir à retirada, que deve começar em julho. A polícia está montando uma megaoperação. Milhares de soldados reservistas estão sendo convocados. Férias, cursos e licenças de policiais serão canceladas no período da retirada, que deve durar oito semanas. As autoridades deverão evitar qualquer conflito com os colonos, que têm recrutado partidários de outras regiões de Israel para ajudar nas manifestações contra o plano de retirada. Os policiais que participarem da ação vão também receber uma preparação psicológica contra as eventuais ofensas verbais dos colonos, e não portarão armas. Em outras ocasiões, quando soldados israelenses tiveram que retirar postos ilegais que foram montados na Cisjordânia, colonos acusaram os militares de nazismo e assassinato.