Terri morre, mas briga continua

Morreu ontem de manhã, na Flórida, a doente vegetativa Theresa Marie Schiavo, depois de 12 dias, nove horas e 15 minutos sem o tubo que a mantinha viva desde fevereiro de 1990. O drama chega ao fim, mas a luta entre seu marido, Michael Schiavo, e a família de seus pais, os Schindler, perdurou até seus últimos momentos e ainda não dá sinais de ter acabado. O irmão e a irmã de Terri ficaram com ela até poucos minutos antes de sua morte, quando funcionários da clínica pediram que os dois saíssem para um exame. O irmão, Bobby, resistiu, e a polícia chegou a ser chamada. Dez minutos depois, às 9h, Terri morreu, cercada por seu marido, dois advogados dele e três ou quatro enfermeiras. Os pais de Terri, Robert e Mary, chegaram em poucos minutos e puderam ficar a sós com a filha. O próximo capítulo da disputa será o que fazer com o corpo dela. Ontem, Terri, 41, foi submetida a uma necropsia, para comprovar a extensão do dano cerebral. Michael quer cremar o corpo. Michael quer cremar o corpo e colocar as cinzas no jazigo de sua família, na Filadélfia. Os pais querem enterrá-la. Apesar de os estranhamentos entre os Schindler e Michael terem começado em 1993 em razão de uma indenização de US$ 1 milhão, o marido diz que não vai receber dinheiro nenhum com a morte dela.