Internacional
Carros-bomba explodem no Iraque

Uma série de atentados e ataques a forças de segurança encerraram ontem um período de declínio da violência no Iraque, após as eleições parlamentares de janeiro, que resultaram na formação de um novo governo, na semana passada. Mais de 20 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, em explosões e tiroteios na capital iraquiana e no norte do país. A relativa calmaria desde as eleições foi rompida pela explosão de dois carros-bomba em Bagdá, um outro em Tikrit - a cidade natal de Saddam Hussein-, e um confronto em Kirkuk. O braço da Al-Qaeda no Iraque assumiu os ataques na capital iraquiana e disse que se tratava de uma resposta a um importante representante do governo dos EUA, que esteve no país nesta semana. A Organização da Al-Qaeda para a Guerra Santa no Iraque, grupo liderado pelo extremista jordaniano Abu Musab al-Zarqawi. Em Bagdá, dois carros-bomba explodiram perto do Ministério do Interior, com poucos minutos de intervalo, em hora de rush. Quinze pessoas morreram e duas dezenas ficaram feridas. Horas depois, uma outra pessoa morreu, numa terceira explosão, aparentemente causada por uma bomba de detonação remota. Em Tikrit, no norte do Iraque, pelo menos quatro iraquianos morreram e nove ficaram feridos na explosão de um carro-bomba perto de uma base militar americana. Em Kirkuk, insurgentes atacaram uma delegacia e mataram cinco policiais a tiros. Em seguida, um morteiro acertou o prédio. O grupo de Zarqawi afirmou que os ataques de Bagdá eram uma mensagem ao subsecretário de Estado dos EUA, Robert Zoellick, de que a insurgência não poderia ser contida. Zoellick e o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, visitaram o Iraque nesta semana e elogiaram os avanços na transição do país.