loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 26/03/2025 | Ano | Nº 5931
Maceió, AL
27° Tempo
Home > Internacional

Internacional

Vaticano tenta barrar espionagem em conclave

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

EMÍLIA BERTOLLI Folha Online O Vaticano vai tomar todas as precauções para impedir a espionagem das reuniões do cardeais durante o conclave para a escolha do próximo papa, afirmou ontem à imprensa italiana uma das maiores especialistas em contra-espionagem da Itália, Miriam Ponzi. Segundo ela, funcionários do Vaticano criaram uma operação especial com a ajuda de engenheiros de microeletrônica, para procurar em todo o interior da capela Sistina - e também em todos os aposentos ocupados pelos cardeais que participarão do conclave - qualquer tipo de dispositivo de espionagem que possa revelar o que acontecerá em cada reunião. O maior risco são os aparelhos microscópicos, que podem ser instalados em qualquer lugar. Informações do serviço de inteligência italianos revelaram que, em 1978 - quando houve o conclave para a escolha do papa João Paulo II - espiões russos instalaram um microfone em uma pequena estátua da Madonna dentro da capela Sistina. Por anos, o conclave foi guardado apenas pela Guarda Suíça, que fica a postos em frente à capela Sistina. Com o desenvolvimento da tecnologia, e o uso de aparelhos cada vez menores, é preciso que o Vaticano adote medidas de segurança muito mais rígidas. Quando João Paulo II fez a revisão da Constituição Apostólica em 1996, incluiu uma cláusula que proíbe os cardeais de portar qualquer tipo de dispositivo eletrônico durante o conclave. Câmeras podem gravar com perfeição a grandes distâncias e, por isso, as janelas da capela permanecerão fechadas. Mesmo assim, adverte a especialista, será preciso tomar cuidado com os dispositivos eletrônicos de captação da voz, principalmente as antenas de monitoramento a distância. ### Embate deve marcar primeira votação GLOBO ONLINE Vaticano Um ex-arcebispo reformista, doente e com 78 anos, que já disse não ter interesse algum em ocupar o Trono de São Pedro, surge como o símbolo da oposição de moderados e reformistas à poderosa frente dos cardeais simpatizantes da eleição de Joseph Ratzinger - ou de alguém que defenda sua visão. Analistas apostam: se conseguirem demonstrar força com um número de votos expressivo - ainda que meramente simbólico - para o cardeal Carlo Maria Martini, que foi arcebispo de Milão, os moderados e reformistas estariam prontos para entrar na disputa de verdade, com um candidato de “segundo turno”. A primeira votação do conclave, a reunião secreta para eleger o papa, que começa na segunda-feira, tem tudo para ser um embate simbólico entre Ratzinger e Martini, segundo jornais italianos. Apesar de ser preciso levar em conta que a imprensa italiana demonstra-se favorável a um papa italiano, o embate é mesmo provável. Se de um lado Martini representaria a esperança e o protesto dos moderados, Ratzinger, guardião da doutrina do Vaticano no Pontificado de João Paulo II, encarnaria a continuidade do que o papado anterior teve de mais conservador. Apoio Apesar da força do cardeal alemão, que já teria o apoio de 40 a 50 cardeais, sua candidatura também pode ser largamente simbólica. “Ratzinger teria dito a amigos que não acredita na probabilidade de sua eleição e que não a deseja ‘minimamente’ sequer”, relata o jornal italiano “Corriere della Sera”. Martini, ainda antes, já dissera que não desejava ser indicado e que não daria pistas de seu voto. Ele tem uma forma do mal de Parkinson - doença de que também padecia João Paulo II - e precisa andar de bengala. O mais forte dos nomes que aparece na seqüência parece ser o do cardeal Dionigi Tettamanzi, que sucedeu Martini na Arquidiocese de Milão, há 3 anos.

Relacionadas