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Reelei��o de Tony Blair � amea�ada

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A publicação de um memorando secreto de 2003, assinado pelo principal consultor jurídico do governo britânico e questionando a legalidade da guerra no Iraque, golpeou ontem a campanha de reeleição do primeiro-ministro Tony Blair, a apenas uma semana da eleição de 5 de maio. Partidos de oposição, em má posição nas pesquisas de opinião, agarraram-se ao relatório do procurador-geral lorde Peter Goldsmith, dizendo que aquela era a prova de que Blair enganara o País. O líder do Partido Conservador, Michael Howard, questionou: “Se você não pode confiar na decisão do senhor Blair de levar o País à guerra, a mais importante decisão que um primeiro-ministro pode tomar, como você pode confiar no senhor Blair em qualquer outro assunto novamente?” Blair, confiante em que o desempenho do Partido Trabalhista na área econômica vai conquistar-lhe um inédito terceiro mandato, disse que a suposta “arma fumegante” se transformara num “rojão molhado”. O primeiro-ministro, que recusara no passado pedidos de divulgação do documento, autorizou ontem a publicação da íntegra para tentar acalmar os ânimos depois de que trechos do memorando vazaram na imprensa. A guerra no Iraque, em que a Grã-Bretanha entrou sem apoio popular, continua sendo o calcanhar de Aquiles de Blair, permitindo a adversários questionar sua confiabilidade e integridade. Blair está sendo acusado pelos rivais de ter feito o procurador-geral manter silêncio sobre suas dúvidas. Isso se somou aos velhos rumores de pressão sobre o serviço de inteligência para se exagerar indícios das nunca encontradas armas de destruição em massa de Saddam Hussein. O vazamento do memorando de Goldsmith arruinou os esforços do primeiro-ministro enfocar temas domésticos, como economia e saúde, em seus últimos dias de campanha. Mas analistas acreditam que é improvável que assunto mude a opinião de muitos leitores na reta final.

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