Internacional
Tony Blair � pressionado para renunciar

Recém-eleito para um terceiro mandato, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, fez ontem os últimos retoques em seu gabinete em meio à crescente pressão dentro de seu próprio partido para que renuncie ao cargo em meses, e não em anos. Mas Blair não dá sinais de cederá à pressão. Ele obteve o seu terceiro mandato, algo inédito para um político trabalhista britânico, mas sua maioria parlamentar diminuiu em grande parte por causa da oposição do eleitorado à guerra do Iraque. Blair anunciou em 2004 a intenção de cumprir todo o seu terceiro mandato, de até cinco anos, e não mais se candidatar. Analistas dizem que, assim, ele pode governar sem força. Na eleição de quinta-feira (5), sua maioria caiu de 161 para 67 parlamentares. No Parlamento, os trabalhistas têm maioria suficiente para governar. Mas existe um núcleo com entre 30 e 40 rebeldes que podem provocar estragos em votações importantes. Entre as medidas a serem contestadas pelos dissidentes estão as que aumentam a influência da iniciativa privada sobre serviços públicos, criam carteiras de identidade de porte obrigatório e tornam mais rígidas as leis contra o terrorismo.