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Monumento aos judeus � inaugurado

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AGÊNCIA O GLOBO A Alemanha inaugurou ontem seu primeiro e controverso monumento aos judeus mortos na Europa pelo regime nazista - após dois anos de construção e 17 de polêmica. A maior dela, em torno do conceito. Um dos organizadores reconheceu que muito do atraso se deveu à resistência para se erguer um monumento à vergonha nacional. O memorial é feito de 2.711 gigantescos blocos cinzentos de concreto, erguidos sobre um antigo descampado de 19.073 metros quadrados, o equivalente a dois campos de futebol. O projeto é do arquiteto norte-americano Peter Eisenman, que não quis criar um lugar reconfortante. Labirinto Os blocos formam o que parece um labirinto desconcertante de lápides anônimas, ondulando entre o Portão de Brandemburgo e a praça Potsdamerplatz. Perto dali, ficava no passado a Chancelaria do Terceiro Reich e ainda estão as ruínas do bunker em que Adolf Hitler refugiou-se no final da guerra e cometeu suicídio. A casamata foi destruída pelos soviéticos. Depois da Segunda Guerra Mundial, a área se tornou parte fronteira entre a República Democrática da Alemanha e a Alemanha Ocidental. O limite era conhecido como “linha da morte”, uma alusão ao destino de quem tentava cruzá-la. No subsolo abaixo dos blocos de granito, que pesam oito toneladas cada um, foi construído um museu, que documenta a perseguição aos judeus pelo regime nazista. Isso é feito revelando-se destinos individuais de vítimas do Holocausto. 27,6 milhões de euros O monumento custou 27,6 milhões de euros e estará aberto à visitação pública a partir de amanhã. A idéia da homenagem aos judeus foi lançada em 1988 pela jornalista Lea Rosh. Desde então, os debates vieram em série: sobre a oportunidade do projeto, sobre seu financiamento, sobre sua aparência e sobre a conveniência de dedicá-lo aos 6 milhões de vítimas judias do Holocausto, mas não aos eslavos, comunistas, homossexuais, ciganos e demais grupos perseguidos pelo nazismo. O ex-chanceler (ex-chefe de governo) Helmut Kohl vetou o projeto original. A descoberta de um velho bunker nazista no local trouxe mais atrasos. Constrangimento O maior constrangimento, porém, foi a presença, entre os fornecedores, de uma empresa que fabricou para o regime nazista o gás Zyklon B, usado nos campos de extermínio. O arquiteto Eisenman, um judeu norte-americano, pareceu buscar uma abordagem diplomática para o assunto. Disse que se opunha ao uso de uma substância química fornecida pela Degussa porque seu propósito era facilitar a remoção de pichações. Ele acha que o grafite é uma expressão legítima das cidades. comemoração Na última segunda-feira, os principais líderes do mundo comemoraram na praça Vermelha de Moscou, a vitória de 1945 sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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