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Conflitos no Uzbequist�o deixam 10 mortos

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AGÊNCIA O GLOBO Uma importante cidade do Leste do Uzbequistão viveu ontem um dia de caos e violência. Pelo menos dez pessoas morreram numa sucessão de choques que evidencia o clima de tensão e instabilidade numa vasta área da ex-república soviética, alimentada pela pobreza e a perseguição a líderes locais identificados como extremistas islâmicos. Tropas abriram fogo numa praça de Andizhan, onde centenas de pessoas protestavam em apoio a um grupo de rebeldes que tomou um prédio do governo e fez vários reféns. Os rebeldes entrincheiraram-se no prédio, depois de terem invadido uma prisão durante a madrugada de ontem, libertado 4 mil detentos e trocado tiros com a polícia. No início da noite, tropas do governo invadiram e retomaram o prédio. Um número incerto de pessoas morreu. Estima-se que tenham sido nove nos enfrentamentos entre as forças de segurança e os rebeldes e que pelo menos outra tenha morrido vítima dos disparados contra os manifestantes na principal praça da cidade. Não há relatos quanto à retomada do prédio do governo. No protesto, muitos pediam a queda do presidente Islam Karimov, que foi para Andizhan, no Vale Ferghana - uma região de maioria muçulmana, caracterizada por miséria e ambições de independência. O governo central é acusado de tratar a região com desconfiança e de ter prendido milhares de jovens líderes locais, acusados de serem extremistas islâmicos. As transmissões de serviços internacionais de notícias para a região foram cortadas ontem. “A nação foi torturada pelo regime totalitarista do presidente Karimov e por corrupção em todos os níveis do Estado”, disse um homem que falava à multidão usando um megafone, antes de a manifestação ser dispersada pelos tiros - O povo quer justiça, liberdade e democracia. A revolta é alimentada pelo quadro de pobreza e restrições políticas, e eclodiu em grande parte devido à recente detenção de 23 suspeitos. Com a invasão do presídio, escaparam presos políticos e criminosos comuns. Muitos estavam armados. Os rebeldes pediram mediação da Rússia. Mas, em um comunicado transmitido na televisão estatal, as autoridades afirmaram que eles vinham se recusando a fazer um acordo. Eles estavam “usando mulheres, crianças e reféns como escudo”, disseram as autoridades. Nas ruas de Andizhan, era possível ver vários corpos. Quatro cadáveres, um deles um soldado, estavam abandonados em poças de sangue. Um cinema e um teatro foram incendiados. A fronteira com o sul do Quirguistão foi fechada. O país vizinho foi palco de violentos protestos que levaram a um golpe, há dois meses.

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