Internacional
Michael Jackson � declarado inocente

FOLHA ONLINE Os 12 jurados, quatro homens e oito mulheres, do caso em que Michael Jackson, 46, foi acusado de abusar sexualmente de um menor de 13 anos, decidiram ontem, por unanimidade, que o cantor é inocente de todas as acusações que recebeu. O júri chegou ao veredicto após sete dias (32 horas) de deliberações. Na porta do tribunal de Santa Maria (Califórnia), centenas de fãs e mais de 1.400 jornalistas aguardaram o resultado durante dias. Ao todo, Jackson enfrentou dez acusações, entre elas de conspiração com fins extorsivos, seqüestro de um menor de idade, abuso sexual e fornecimento de agente tóxico (vinho) com a finalidade de cometer o delito. O artista negou todas elas. Os depoimentos das testemunhas (foram mais de 140 pessoas ouvidas) e deliberações dos advogados de defesa e acusação (promotoria) começaram no final de fevereiro, após o longo processo de escolha dos jurados - selecionados entre milhares de candidatos - e terminaram no dia 2 de junho. Desde o dia 3, com exceção do final de semana, os jurados se reuniram diariamente, durante seis horas, para discutir o veredicto. Durante todo o caso, a promotoria qualificou o artista de predador sexual obcecado por meninos. A defesa, por sua vez, usou o argumento que o menino pivô da acusações (hoje com 15 anos) foi manipulado por sua mãe - a mulher teria obrigado o filho, que sofre de câncer, a mentir. Jackson foi preso em novembro de 2003, depois da realização da primeira revista em sua mansão na Califórnia. Liberado depois do pagamento de uma fiança de US$ 3 milhões, a estrela recebeu acusações por agressão sexual contra um menor que tinha 12 anos na época dos fatos - hoje ele tem 15. No fim do ano passado, os advogados do músico chegaram a pedir o adiamento do julgamento, alegando que a defesa não teria tempo de ler as quase 14 mil páginas fornecidas pelo procurador. Os advogados disseram, também, que não tiveram tempo para examinar os resultados das buscas realizadas no rancho do cantor em 3 e 4 de dezembro. Na segunda e terceira buscas, os investigadores aproveitaram para coletar uma amostra de DNA de Michael Jackson, a partir da saliva do acusado. O material teria sido usado para esclarecer as acusações de abuso sexual.