Internacional
Consulado procura por 89 brasileiros

O consulado do Brasil em Londres ainda está procurando 89 brasileiros depois das explosões da última quinta-feira, apesar de o número ser impreciso e de não se acreditar que eles estejam entre as vítimas dos ataques, segundo o cônsul-geral no país, Fernando Mello Barreto. Logo depois dos ataques, recebemos dezenas de ligações de famílias no Brasil que disseram que não estavam conseguindo entrar em contato com os parentes aqui em Londres. Porém, isso foi durante o período em que a rede de celulares estava congestionada. Provavelmente, muitas dessas pessoas acabaram contatando a família e ninguém nos avisou, disse o cônsul. Mello Barreto disse, no entanto, que a obrigação do consulado é continuar procurando essas 89 pessoas. Outras 21 já foram localizadas. O cônsul não acredita que existam brasileiros na lista dos mortos. Tenho esperança de que não haja brasileiros entre as vítimas. Mas, logicamente, como não existe ainda a lista dos mortos, não podemos dizer isso com certeza. Alarmes falsos Após os atentados, ameaças de bomba estão deixando os europeus com os nervos à flor da pele, imaginando qual será a próxima cidade a ser atacada e tendo que lidar com alarmes falsos. Os londrinos, que tentam se recuperar dos atentados de quinta-feira passada, tiveram que enfrentar uma série de ameaças e desocupações de emergência. Ontem, a Whitehall, uma rua que abriga vários prédios do governo, foi fechada por mais de meia hora para que a polícia investigasse um pacote suspeito. A estação de Kings Cross, um dos alvos do ataque, também foi fechada brevemente por um alerta de segurança. Itália e Dinamarca, que como a Grã-Bretanha são aliadas dos Estados Unidos na guerra do Iraque, também foram alvos de falsas ameaças de bomba. Nos últimos dias, Roma teve de esvaziar um terminal do aeroporto internacional, uma rua perto da casa do ministro do Interior e os escritórios de um grande banco. Na Dinamarca, a polícia isolou ontem a praça do Palácio Real de Amalienborg, residência da família real, após uma bolsa ter sido encontrada nas imediações. O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, prometeu ontem ao Parlamento que não descansará até que os culpados pelos atentados sejam capturados. Blair disse que a caçada aos responsáveis pelos atentados era uma das mais intensas e vigorosas que o país já testemunhou até hoje. Parece provável que os ataques foram deflagrados por extremistas islâmicos terroristas do tipo que nos anos recentes foram responsáveis pela morte de muitos inocentes, disse ele ao Parlamento. Quase ao mesmo em que Blair discursava na Câmara dos Comuns, o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmava em Quantico, na Virgínia, que os atentados a bomba em Londres de um ataque contra o mundo civilizado. E prometeu: não vamos recuar.