Sharon promete resposta dura a atentado em Israel
Tel Aviv Entre pedidos para expulsar Iasser Arafat dos territórios palestinos e realizar uma nova ofensiva militar em áreas autônomas, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, retornou ontem a Israel, depois de interromper sua visita oficial aos
Por | Edição do dia 09/05/2002 - Matéria atualizada em 09/05/2002 às 00h00
Tel Aviv Entre pedidos para expulsar Iasser Arafat dos territórios palestinos e realizar uma nova ofensiva militar em áreas autônomas, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, retornou ontem a Israel, depois de interromper sua visita oficial aos EUA, e convocou seu gabinete de segurança para decidir a resposta a ser tomada após o ataque realizado por um suicida do braço armado do movimento extremista islâmico Hamas, que deixou terça-feira à noite 16 mortos, incluindo 15 israelenses e o autor do atentado. Ao chegar em Tel Aviv, o premier israelense disse a repórteres que o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, é responsável pelo atentado e que todos os que acreditam que ganham com o uso do terror deverão deixar de existir. Questionado, ele se negou a responder se pretende expulsar Arafat dos territórios palestinos. De acordo com a rádio israelense, Sharon estaria estudando uma resposta muito dura ao ataque suicida, que poderia incluir o pedido ao gabinete de segurança de expulsar Arafat. Além de 16 mortos, incluindo 15 israelenses e o suicida, pelo menos 60 pessoas ficaram feridas com a queda de parte do edifício onde ficava o salão de bilhar, que operava sem permissão e não tinha vigilância. O ministro de Segurança Interior, Uzi Landau, disse que as Forças Armadas terão que continuar a batalha contra o terrorismo em cada cantinho dos territórios ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Homem-bomba Ontem, um suposto homem-bomba palestino ficou gravemente ferido ontem quando os explosivos que carregava foram detonados prematuramente no norte de Israel, disseram fontes de segurança israelenses. As fontes haviam dito anteriormente que o homem morreu na explosão em um ponto de ônibus perto da junção Megiddo em Israel, norte da cidade de Jenin, na Cisjordânia. Ele foi levado a um hospital israelense na cidade de Afula, onde está em estado grave.