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J�ri acusa clero de esconder abusos

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| Globo Online Filadélfia A Arquidiocese de Filadélfia escondeu por quatro décadas casos de abuso sexual de crianças no clero, acobertando seus autores, informou o site Philly.com ontem. A denúncia foi feita por um grande júri, por meio da divulgação de um dossiê, resultado de mais de três anos de investigações, que conclui que pelo menos 63 padres cometeram esse tipo de crime contra centenas de crianças nas últimas décadas. Mas nenhum deles será indiciado pelos atos. O documento reacende o escândalo que abalou seriamente a Igreja Católica norte-americana em 2002, quando eclodiram queixas de abuso infantil em série, em várias dioceses. A descoberta ainda mais perturbadora, de acordo com o júri, diz respeito a dois arcebispos. Os cardeais John Krol e Anthony J. Bevilacqua são acusados de “perdoar e acobertar os abusos” e colocar os interesses legais e financeiros e a reputação moral da arquidiocese em primeiro lugar, em vez de proteger as crianças sob seus cuidados. “Essas escolhas chegaram ao alto (da hierarquia), ao cardeal Bevilacqua e ao cardenal Krol, pessoalmente”, diz o documento. “O comportamento das autoridades da arquidiocese talvez não tenha sido tão pavoroso quanto o dos padres que cometeram os abusos sexuais. Mas é uma postura insensível, calculista a adotada pela arquidiocese para lidar com o caso. Foi pelo menos tão imoral quanto o próprio abuso”, diz o dossiê. De acordo com o documento, Krol, que serviu como arcebispo da Filadélfia de 1961 a 1988, e Bevilacque, que serviu de 1988 a 2003, deixavam padres que abusaram de menores de idade trabalhando em paróquias com muitas crianças ou os transferiam para outras localidades sem avisar sobre o desvio de comportamento. Apesar das constatações, a procuradora do distrito Lynne M. Abraham disse que, infelizmente, sua jurisdição não poderia indiciar os padres, as autoridades da Igreja ou a arquidiocese. Ela disse que problemas jurídicos forçavam que os atos criminosos permanecessem impunes. Em uma resposta de 70 páginas às acusações, a Igreja rejeitou todo o conteúdo do documento, o qual classificou como “uma crítica repugnante de má índole e vil”, um produto de uma nova fase de preconceito contra o catolicismo no país. Pelo menos 11 grandes júris nos Estados Unidos realizaram investigações de dioceses nos último três anos.

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