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Sharon pede fim do parlamento

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| Folhapress Com agências internacionais Em iniciativa que o jornal israelense Yediot Aharonot qualificou de “terremoto político de magnitude sem precedentes”, o primeiro-ministro Ariel Sharon anunciou ontem estar deixando o Likud, partido conservador que ajudou a fundar em 1973. Ele também pediu ao presidente Moshe Katsav a dissolução do Knesset, o Parlamento unicameral. Sharon criará um novo partido centrista, provisoriamente chamado de Responsabilidade Nacional. Deverão a ele aderir o ex-líder trabalhista Shimon Peres e deputados sob sua liderança. Sharon disse que sua decisão foi tomada porque não queria perder tempo com “pugilato político” e desperdiçar a oportunidade de paz com os palestinos, surgida com a desmobilização dos assentamentos judaicos de Gaza. Negou que tenha planos para uma retirada unilateral da Cisjordânia e afirmou estar compromissado com o plano de paz proposto pelos Estados Unidos. A seu ver, “o Likud, com sua atual configuração, não pode liderar a nação no rumo aos seus objetivos”. Foi a primeira vez na história israelense que um premier deixa seu próprio partido. A decisão de Sharon era vista havia alguns dias como possível. A gota d’água veio com a derrota de Peres na liderança do Partido Trabalhista. O poder interno se transferiu ao sindicalista Amir Peretz, adversário da aliança em vigor com o gabinete do Likud. Um assessor do primeiro-ministro disse ao New York Times que deverão acompanhá-lo ao novo partido entre 12 e 16 deputados dos 40 que o Likud elegeu. Novo líder O partido deverá escolher rapidamente um novo líder. O nome mais forte é o do ex-premier e ex-ministro das Finanças Binyamin Netanyahu, adversário radical da retirada de Gaza. Os palestinos reagiram ontem de modo favorável. Saeb Erekat, principal negociador da Autoridade Nacional Palestina, comparou a decisão de Sharon à “erupção de um vulcão”. Afirmou que, com a poeira assentada, “teremos em Israel um parceiro que poderá negociar na direção do fim do conflito e de um acordo final”. Quanto ao Knesset, o plenário votou ontem, por 84 a 0, com dez abstenções, a dissolução da atual legislatura e a convocação de eleições de início previstas só para novembro do ano que vem. São necessárias três votações para que o Parlamento seja em definitivo dissolvido.

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