Internacional
Sharon descarta acordo de paz com Arafat

Tel Aviv ? O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse, ontem, que não é possível alcançar a paz no Oriente Médio com ?um poder corrupto e ditador?, em alusão ao governo de Iasser Arafat, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Sharon afirmou, ainda, que é preciso acabar com o terrorismo e fazer uma reforma na ANP. Em um discurso para a Câmara Legislativa israelense, Sharon expôs que ?Israel está interessado em reiniciar as conversações de paz (com os palestinos), mas sob certas condições: a primeira seria o fim absoluto da violência e a incitação da mesma, em segundo lugar, uma reforma estrutural na ANP?. Sharon salientou que deve haver uma reestruturação no governo palestino, em seus organismos de segurança, nos campos legislativo e social. ?Quando forem dadas essas condições seremos capazes de entrar em um longo período para alcançar a paz e poder comprovar que os palestinos reconstroem sua sociedade?, afirmou o premier israelense. Além disso, Sharon declarou que um dos principais pontos nas eventuais negociações com os palestinos ? embora nunca tenha falado de um Estado palestino ? será delimitar as fronteiras para se chegar à solução final ao conflito. Desse modo, o chefe do governo de Israel disse que a operação militar ?Muro Protetor?, para ?desmantelar as infra-estruturas terroristas, continua e continuará?. Segundo Sharon, durante a ofensiva militar na Cisjordânia foram detidos cerca de 2.000 ativistas palestinos.