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Nº 5759
Internacional

Guerra do Iraque completa mil dias

| Folha Online Com agências internacionais A Guerra do Iraque - configurada pela invasão do país árabe por soldados da chamada coalizão, composta em sua maioria por Exércitos do Estados Unidos e do Reino Unido - completou ontem exatos mil dias e não dá

Por | Edição do dia 14/12/2005 - Matéria atualizada em 14/12/2005 às 00h00

| Folha Online Com agências internacionais A Guerra do Iraque - configurada pela invasão do país árabe por soldados da chamada coalizão, composta em sua maioria por Exércitos do Estados Unidos e do Reino Unido - completou ontem exatos mil dias e não dá sinais de seu encerramento. Nesses mil dias, mais de 30 mil iraquianos morreram em ataques rebeldes, e também nas ofensivas militares, segundo uma estimativa do governo EUA, que também contabiliza o número de baixas norte-americanas no conflito: 2.144 - segundo informações do Pentágono [comando militar norte-americano]. O custo da guerra é de US$ 204,4 bilhões para os EUA, até agora e, segundo o Banco Mundial, são necessários mais de US$ 35 bilhões para reconstruir o Iraque, devastado pela guerra, informa nesta terça-feira o site do jornal britânico The Independent. O Iraque se prepara para as eleições legislativas, que devem ocorrer amanhã, e apesar da vigilância dos 160 mil soldados americanos e 8.000 britânicos e 13 mil militares de outros países, como o Japão - para evitar ataques insurgentes que possam afastar a população das urnas, rebeldes assassinaram ontem um candidato a uma vaga no Parlamento. É nesse clima de insegurança que os iraquianos elegem seu primeiro governo permanente, após a queda do ditador iraquiano Saddam Hussein (1979-2003). Após a invasão dos soldados de coalizão no Iraque, em 20 de março de 2003, levou semanas para que Saddam fosse derrubado do poder. “O presidente americano, George W. Bush, anunciou que a guerra estava acabada e que a missão americana no Iraque, cumprida. Meses se passaram até que os EUA e o Reino Unido percebessem que a guerra não tinha acabado. De fato, estava apenas no começo”, afirma o Independent. O motivo principal dado pelos EUA para a invasão do Iraque, a suposta coleção de armas de destruição em massa de Saddam, nunca foi encontrada pelas autoridades que inspecionaram as instalações iraquianas, e técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Desde 2003, norte-americanos e britânicos encontraram apenas a hostilidade dos grupos insurgentes, que defendem a retirada total dos estrangeiros do país. Além disso, segundo o Independent e vários especialistas sobre o assunto citados pela impresa internacioanl, não há sinal de que as eleições legislativas vão acabar com a guerra. “Os árabes sunitas [que estão] no coração da insurgência, vão votar pela primeira vez, mas não há menção sobre um possível cessar-fogo. Um panfleto distribuído por um grupo de resistência de Bagdá encoraja os iraquianos a votar, mas avisa: “A luta contra os infiéis e seus seguidores vai continuar”. Oito por cento das crianças iraquianas sofrem de desnutrição aguda, e 70% do sistema de esgoto do país “funciona raramente”, enquanto 47% dos iraquianos não têm energia elétrica suficiente. O desemprego chega a afetar 40% da população, e a inflação é de 20% ao mês. Um soldado iraquiano ganha, em média, US$ 343, contra o salário de US$ 4.100 de seu colega norte-americano.

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