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Nº 5759
Internacional

Evo Morales anuncia luta pelo g�s

| GLOBO ONLINE Cochabamba, Bolívia O líder indígena Evo Morales, virtual presidente eleito da Bolívia, nas eleições do último domingo, anunciou ontem que travará uma luta efetiva contra o narcotráfico e exercerá o direito estatal sobre o gás. “Nem a

Por | Edição do dia 20/12/2005 - Matéria atualizada em 20/12/2005 às 00h00

| GLOBO ONLINE Cochabamba, Bolívia O líder indígena Evo Morales, virtual presidente eleito da Bolívia, nas eleições do último domingo, anunciou ontem que travará uma luta efetiva contra o narcotráfico e exercerá o direito estatal sobre o gás. “Nem a cocaína nem o narcotráfico são partes das cultura boliviana, menos ainda da cultura dos quechuas e dos aymaras”, afirmou o líder do Movimento ao Socialismo (MAS) na sede da Federación del Trópico de Cochabamba, que congrega os produtores de coca do País. O vencedor das eleições presidenciais de domingo, de acordo com as pesquisas, acrescentou, entretanto, que a política antidroga não pode estar orientada pelo “coca zero, cocaleiro zero” e que isso tem que mudar. O indígena se disse de acordo com a teoria de que a luta contra o narcotráfico seja “um falso pretexto para que os EUA instalem bases militares (na América do Sul)”. Morales ressaltou que a defesa do controle estatal do setor de gás natural não significa “confisco ou expropriação de bens de multinacionais”. A Petrobras é uma das empresas estrangeiras que mais atuam nessa atividade na Bolívia, sendo responsável por 20% do PIB boliviano. O cocaleiro explicou que o país necessita da tecnologia das empresas para a exploração e a prospecção e que pagará por esses serviços. O diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou que “importantes projetos” na Bolívia continuam “em compasso de espera até que o próximo governo de Evo Morales tome posse em janeiro”. Segundo Cerveró, as negociações da Petrobras com o novo governo só terão início após a posse de Morales, em 22 de janeiro. Entre os projetos que estão suspensos há o aumento da produção nos campos de gás da empresa na Bolívia e a construção de um pólo gás-químico na fronteira com o Brasil. Atualmente, o Brasil importa 24 milhões de metros cúbicos diários da Bolívia de um contrato original de 30 milhões de metros cúbicos. A Bolívia exporta ainda 6 milhões de metros cúbicos para a Argentina. O aumento de produção seria destinado basicamente a abastecer a Argentina.

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