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Nº 5759
Internacional

Greve prejudica 7 milh�es em Nova York

| Folha Online Com agências internacionais Nova York - A Prefeitura de Nova York montou no Brooklyn um centro de emergências onde coordena, desde a madrugada de ontem, um plano de contingência para evitar o caos e a desordem durante a greve que afeta t

Por | Edição do dia 21/12/2005 - Matéria atualizada em 21/12/2005 às 00h00

| Folha Online Com agências internacionais Nova York - A Prefeitura de Nova York montou no Brooklyn um centro de emergências onde coordena, desde a madrugada de ontem, um plano de contingência para evitar o caos e a desordem durante a greve que afeta todo o sistema de transporte público da cidade, e prejudica mais de 7 milhões de usuários de ônibus, trem e metrô. Desde 3h (6h de Brasília), pararam de funcionar o metrô e os ônibus da cidade, que formam a rede de transportes mais complexa dos Estados Unidos. A greve foi decidida depois que a União dos Trabalhadores dos Transportes rejeitaram uma oferta do governo para que os 34 mil trabalhadores não parassem, mas autoridades e representantes da classe não conseguiram chegar a um acordo. Com a aproximação do Natal e o aumento da circulação de pessoas e turistas na cidade, a greve poderá custar, aos cofres públicos, US$ 400 milhões ao dia. A maior parte dos nova-iorquinos ficou sem outros meios de transporte para chegar ao trabalho senão o próprio carro ou táxi, mas alguns foram de bicicleta, apesar das baixas temperaturas registradas na cidade - que chegam a 5ºC abaixo de zero. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, recomendou aos nova-iorquinos ir a pé ao trabalho, como ele mesmo fez. Recomendou o trajeto que passa pela ponte que liga Brooklyn a Manhattan. O prefeito passou a noite no Centro de Gestão de Emergências, onde representantes das agências federais, a polícia e autoridades locais tentam coordenar o plano de contingência da greve. Para evitar congestionamentos, a prefeitura proibiu que veículos transportando menos de quatro passageiros entrassem em Manhattan entre às 5h e 11h (8h e 14h de Brasília). Agentes policiais também foram posicionados na entrada de Nova York, e são obrigados a verificar se os carros estão com o número recomendado de passageiros. Além disso, há restrição à entrada de veículos de distribuição de mercadorias, e várias avenidas e ruas principais foram reservadas para o uso exclusivo de emergências, ou seja, para a passagem de ambulâncias e carros policiais. Os táxis e outros veículos pagos, como limusines, foram autorizados a pegar vários passageiros em um mesmo trajeto, e houve o reforço dos serviços para chegar à cidade por meios alternativos, como balsas e determinados trens que não participam da greve. Grandes corporações e empresas contrataram serviços alternativos para facilitar o deslocamento de seus funcionários, e algumas empresas permitiram que seus funcionários trabalhem de casa. Empresas que operam em Wall Street também se mobilizaram para evitar que a greve prejudique as atividades diárias dos mercados financeiros. Uma greve parcial foi iniciada na última segunda-feira, quando mais de 700 trabalhadores de duas empresas privadas de Nova York entraram em greve, e prejudicaram 50 mil usuários do Queens. A União dos Trabalhadores dos Transportes - entidade de classe que representa os funcionários que trabalham nesse setor - e o governo local têm se confrontado há meses. Os trabalhadores querem aumento de salário, seguro-saúde e aposentadoria sem ter que pagar a mais por isso.

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