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Nº 5759
Internacional

It�lia manda prender agentes da CIA

| Folhapress Com agências internacionais Uma corte italiana emitiu ontem um mandado de busca contra 22 agentes da CIA - a agência americana de inteligência - suspeitos de seqüestrarem um clérigo egípcio, em Milão, em 2003. O anúncio, feito pelo promo

Por | Edição do dia 24/12/2005 - Matéria atualizada em 24/12/2005 às 00h00

| Folhapress Com agências internacionais Uma corte italiana emitiu ontem um mandado de busca contra 22 agentes da CIA - a agência americana de inteligência - suspeitos de seqüestrarem um clérigo egípcio, em Milão, em 2003. O anúncio, feito pelo promotor italiano Armando Spataro, refere-se a um caso de uma série envolvendo ações de agentes americanos na jurisdição da União Européia, motivo de tensão entre o bloco e Washington desde que vieram à tona indícios de que aviões da CIA levando prisioneiros da guerra ao terror para serem interrogados em outros países passaram pelo território europeu. O programa, que o governo americano chama de “transferência extraordinária”, viola as leis internacionais, segundo especialistas. Os juízes que emitiram o mandado suspeitam de que a CIA tenha capturado o clérigo Hassan Mustafa Osama Nasr - também conhecido como Abu Omar- em uma rua de Milão em fevereiro de 2003 e o levaram para ser interrogado no Egito, onde Nasr afirma ter sido torturado. Acredita-se que ele ainda esteja no Egito. O clérigo é suspeito de pertencer à rede terrorista Al-Qaeda. Um juiz italiano já havia emitido um mandado contra Nasr, e investigadores vinham monitorando suas atividades de perto na expectativa de obter informações sobre possíveis ataques. Mas seu sumiço interrompeu o processo. Daria Pesce, advogada de um dos agentes, minimizou a situação, mas admitiu que seu cliente e os demais suspeitos não podem mais ir à Europa sem que haja o risco de eles serem presos. O documento emitido ontem é válido nos 25 países do bloco sem precisar de aprovação de nenhum governo. Sob o acordo fechado pela UE após o 11 de Setembro, se um membro do bloco pede a outro que entregue um suspeito, o outro tem de obedecer.

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