| FOLHAPRESS Com agências internacionais A notícia de que morreram 12 dos 13 mineiros que ficaram presos numa mina na Virgínia Ocidental (EUA), após explosão ocorrida segunda-feira, gerou raiva e revolta, ontem, nos familiares das vítimas, que, horas antes, haviam sido informados de que todos, exceto um, haviam sobrevivido. O único sobrevivente, Randal McCloy, 27, está hospitalizado em estado estável, com danos nos pulmões e nos rins e desidratação, mas sem sinais de danos cerebrais ou de envenenamento por monóxido de carbono - após passar 42 horas preso na mina. A causa da morte dos 12 mineiros, cujos corpos foram retirados na manhã de ontem, não foi divulgada. Trata-se do pior acidente em minas nos EUA desde 2001, quando 13 mineiros foram mortos após uma explosão em Brookwood, no Estado do Alabama. Os 13 mineiros ficaram presos a 80 metros de profundidade dentro da mina de Sago, em Tallmansville, no Estado da Virgínia Ocidental, após uma explosão na última segunda-feira. Outros seis homens conseguiram escapar. Cada um dos mineiros presos levava um aparelho respiratório. Eles estenderam um pedaço de pano para bloquear a passagem de monóxido de carbono. Porém testes indicaram a presença de doses letais do gás, que é incolor e inodoro, na mina. A informação de que a maioria deles havia sobrevivido surgiu pouco após a meia-noite de ontem, provocando comemorações dos familiares das vítimas, em vigília na igreja batista local. A confirmação da morte dos mineiros ocorreu apenas três horas depois. “Senti que fomos enganados o tempo inteiro”, disse Anne Meredith, cujo pai morreu no acidente. Manchin disse que não tinha idéia de como o engano havia ocorrido. O Departamento do Trabalho afirmou que irá conduzir uma investigação sobre o acidente.