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Nº 5759
Internacional

Apura��o de elei��o � suspensa no Haiti

| AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A contagem da eleição presidencial haitiana da semana passada foi interrompida ontem, num sinal de que as autoridades eleitorais recuaram diante das alegações de fraude do candidato favorito, René Préval. Ontem, foi encontrado

Por | Edição do dia 16/02/2006 - Matéria atualizada em 16/02/2006 às 00h00

| AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A contagem da eleição presidencial haitiana da semana passada foi interrompida ontem, num sinal de que as autoridades eleitorais recuaram diante das alegações de fraude do candidato favorito, René Préval. Ontem, foi encontrado material eleitoral jogado num lixão de Porto Príncipe, reforçando a suspeita de que houve irregularidades. Michel Brunache, chefe-de-gabinete do presidente interino, Boniface Alexandre, disse que o governo havia pedido ao Conselho Eleitoral Provisório (CEP) que não publicasse os resultados finais até que uma comissão formada por membros do próprio órgão e por indicados por Préval revisasse as alegações de fraude do candidato de centro-esquerda. “Há pessoas irritadas, prontas para colocar fogo no país”, disse Brunache, em mais um dia de protestos. O governo não deu nenhuma estimativa sobre quanto tempo levaria a revisão. A polícia da missão de paz da ONU recebeu ordem de recolher ontem material eleitoral encontrado num depósito de lixo perto de Porto Príncipe. Préval tem alegado que houve “erros grotescos e provavelmente uma fraude gigantesca” na votação de 7 de fevereiro - a primeira desde a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, há dois anos. APoIO DO BRASIL O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que o Brasil apóia um acordo político para que seja reconhecida a vitória do candidato René Preval na eleição do Haiti. Garcia ressaltou que essa é uma decisão a ser tomada pelos haitianos, mas defendeu que Préval faça um gesto em direção às outras forças políticas e inicie uma negociação para tentar dar fim ao clima tenso instalado no país e evitar uma “explosão popular”. Garcia não quis definir uma data para a missão militar brasileira deixar o Haiti, mas admitiu que essa missão já teve um “custo material e político para o governo, com certas incompreensões”. “O ideal seria se os candidatos, além de reconhecer sua derrota, reconhecessem que isso configura claramente a vitória de Préval. Tendo em vista o clima no país, essa seria a melhor solução”.

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